Hinos e Hinologia

Georg Friedrich Händel (1685 - 1759)

Handel foi um célebre compositor da Alemanha, naturalizado cidadão britânico em 1726. Desde cedo mostrou notável talento musical, e a despeito da oposição de seu pai, que o queria um advogado, conseguiu receber um treinamento qualificado na arte da música.

Composições:

- O Messias

Isaac Watts (1674 – 1748)

Issac Watts foi um poeta, pregador, teólogo, lógico e pedagogo inglês. É reconhecido como o "Pai do Hino Inglês", como ele foi o primeiro escritor de hinos profílico e popular inglês, creditado com quase 750 hinos. Muitos de seus hinos permanecem ativos no uso hoje e têm sido traduzidos em várias línguas.

Composições:

- A Revelação da Cruz
- Ao Contemplar a Misteriosa Cruz
- Oh! Deus de Amor

Johann Sebastian Bach (1685 - 1750)

Johann Sebastian Bach nasceu em Eisenach, pequena cidade alemã, em 31 de março de 1685. Era o filho caçula de Johann Ambrosius Bach e Maria Elisabetha Lämmerhirt. Foi batizado na Igreja de São Jorge dois dias depois, tendo como padrinhos o músico Sebastian Nagel e o guarda-caça Johann Georg Koch. Os Bach eram uma família luterana integrada por músicos e compositores há várias gerações, entre eles Veit Bach (o fundador da dinastia Bach), Heinrich, Johann Michael, o próprio pai de Sebastian e muitos outros.

O gênio da ciência musical não acumulou riquezas, e trabalhou até os últimos dias de vida para prover o seu sustento e dos entes queridos. Cercado por sua família, Bach morreu completamente cego no dia 28 de julho de 1750. Consta-se que, em seu leito de morte, ele tenha ditado ao genro Altnkiol sua última obra: Senhor, eis-me diante do Teu Trono, que foi executada em seu funeral. Bach está enterrado num sepulcro sem marca na igreja (luterana) de São Tomas.

Composições e Arranjos

- Fronte ensangüentada  (arranjos).


Martinho Lutero

Composições:

- Nós cremos todos num só Deus


É provável que Lutero tenha composto este hino para o Domingo da Trindade. Antes que Lutero publicasse a "Missa Alemã", ele passou a ser cantado em cultos evangélicos. Em 1526, o próprio Lutero passou a adotar este costume em Wittenberg. Como hino de confissão de fé, passou a ser cantado também fora do culto, em sepultamentos. Em 1542, Lutero incluiu-o entre os hinos a serem cantados por ocasião de sepultamentos. Para estudar seu conteúdo teológico, é importante consultar os Catecismos do reformador. Na melodia, Lutero manteve o velho modo gregoriano dos credos latinos cantados. O hino deve ter sido composto em 1524.

O hino encontra-se em Hinos do Povo de Deus, nº 88 e no Hinário Luterano, nº 233.

- O Sanctus Alemão

O hino foi publicado pela primeira vez na "Missa Alemã", de 1526, tendo como título "O Sanctus alemão". Por sua localização é óbvio chegarmos à conclusão de que Lutero pretendia que ele substituísse o Sanctus latino. O texto baseia-se em Isaías 6.1-14, reproduzindo, no entanto, apenas a visão de Isaías. Logo foi assumido por diversos hinários e passou a ser cantado pelas comunidades evangélicas nas celebrações eucarísticas. A melodia é do próprio Lutero.

- Deus, o pai, seja conosco

O hino deve ter surgido na época de Pentecostes de 1524, sendo contemporâneo do hino "Agora pedimos ao Espírito Santo". As concepções expostas nos dois hinos são bastante similares. No entanto, o presente hino é mais alegre. É hino de louvor. A comparação dos dois hinos é importante. Enquanto o anterior fala de preocupações, este dá sinais de gratidão por causa do progresso da causa. Mais uma vez, Lutero toma estrofe medieval, do século XV, tradução da Antiphona in vigilia pentecostes: Veni sancte spiritus (Antífona na vigília de Pentecostes: Vem Espírito Santo). Lutero retrabalha a estrofe medieval e acrescenta-lhe outras duas.

Hino composto para ser cantado na época da Trindade, em 1524. Como já afirmamos na Introdução a outro hino, a época era crítica e exigia perseverança: "Mantém-nos em fé firme".
Na Idade Média, havia um número muito grande de estrofes semelhantes ao presente hino. Lutero adapta a estrofe, originalmente dedicada à invocação dos santos, à redescoberta do centro da mensagem evangélica, invocando, agora, em seu lugar, o próprio Deus.

- Castelo Forte

Seu título original é "O Salmo 46. Deus noster refugium et virtus – nosso Deus é refúgio e força". É o hino mais conhecido de Lutero e também o que provoca a maior controvérsia quanto à data de sua composição. Os temas que nele aparecem não nos possibilitam fixá-lo em um determinado ano. Podem apontar tanto para 1521 quanto para 1530, como também para os anos entre estas datas. Lutero, de fato, viu toda a sua vida como tempo de luta contra "o velho e malvado inimigo". Em todos os casos, o hino já consta de hinário publicado, em Wittenberg, no ano de 1528. Isso significa que deve ter sido composto antes desta data. Não há como conseguir data mais exata.

O hino encontra-se em Hinos do Povo de Deus, nº 97 e Hinário Luterano, nº 165.

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