segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ilha de Patmos (Grécia)

O Monastério de São João, o Teólogo,
Ilha de Patmos (Grécia)






Construído por São João Cristódulos em 1088 sobre as ruínas de um antigo templo da deusa Ártemis. O imperador bizantino Alexis Cominos prestou seu auxílio e sustentou a obra de São João Cristodulos. É um edifício com aspecto de castelo medieval, com muros e bastiões. Essa construção defendia o mosteiro dos ataques dos piratas. O mosteiro se encontra sobre uma colina, onde hoje se encontra também a capital da Ilha de Cora, donde se domina toda a ilha. A igreja bizantina é dedicada a São João o Teólogo. É decorado com esplêndidos afrescos feitos em diversas épocas. Também dispõe de uma iconostase esculpida em madeira,de grande valor artístico.

Entre os antigos ícones desta igreja destacam-se o ícone de São João o Teólogo, oferecido pelo imperador Aléxis I, e o mosaico com o ícone de São Nicolau.

A igreja tem duas capelas. A capela à direita é dedicada a São Cristodulos, cujas relíquias se encontram no relicário da igreja. A capela à esquerda é dedicada à Virgem Maria. É adornada com afrescos do século XVII. Diz-se que o altar-mor da igreja é de pedra maciça proveniente do templo da deusa Ártemis. No cortil anterior do mosteiro encontram-se algumas colunas antigas. No interior do mosteiro encontram-se quatro pequenas capelas com afrescos de arte bizantina de altíssimo valor.

O tesouro do mosteiro

Contém diversas jóias guardadas por muitos séculos. Entre elas podem-se citar: vestes sacerdotais bordadas em ouro com pedras preciosas. Nos estojos de vidro estão muitos ornamentos sacros como cruzes preciosas, cálices sagrados, cetro de Imperadores e mitras de Patriarcas. E ainda: a coroa do imperador bizantino Aléxis I, a mitra do Patriarca Ecumênico Neófitos VI, feita com 3 kg. de ouro e adornada com pedras preciosas, uma cruz do Patriarca Gregório V, mártir da Grécia.

A biblioteca do mosteiro

Fundada por São Cristodulos que, como se diz, adquiriu os primeiros livros. Hoje, a biblioteca contém 900 manuscritos, 325 dos quais escritos em pergaminho. E ainda mais de 2000 volumes de edições antigas e 13000 cópias de documentos diversos. O Catálogo destes livros foi obra de Ioannis Sakelionas e foi publicado em 1890. Num segundo tempo, o Catálogo foi completado pelo Diácono Kallimahos. Entre os manuscritos mais importantes deve-se citar o manuscrito de Diodoros Sikeliotis, o Códice Purpúreo, uma cópia incompleta do Evangelho de Marcos, o livro de Jó, manuscritos dos séculos VII e VIII DC., sermões de São Gregório Teólogo, o Evangelho dos Quatro - um manuscrito de 1345 - com belíssimas imagens dos Evangelistas, 29 manuscritos cilíndricos em pergaminho que contém os textos das Missas escritas por São Basílio Magno e São João Crisóstomo e diversos outros prelados, o Glossário (vocabulário), um vocabulário da língua grega escrito sobre pergaminho, o ato de doação do imperador Aléxis Komninos, com o qual o Imperador doou a Ilha de Patmos a São Cristodulos. Enfim, há muitos documentos de Imperadores bizantinos, Patriarcas, príncipes e outros oficiais.

A Escola de Patmos (Escola Patmíada).

Esse Instituto didático foi fundado pelo Diácono Macários Kalógeras em 1733. Durante a ocupação turca, a Escola de Patmos desenvolveu uma importante atividade para o renascimento da nação grega. Os grandes homens da História contemporânea da nação grega foram quase todos alunos da Escola de Patmos. Os membros da "Filiki Eteria" (associação patriótica), os mais importantes deles Emanuel Xanthos, Dimítrios Tsesmelis e o grande mestre do desenvolvimento grego Adamantios Korais, o Patriarca Ecumênico e mártir da nação grega Gregório V, o Patriarca Anthimos I e outros homens eminentes foram todos alunos da Escola de Patmos.

Mosteiro de Zoodocos Pighi (Fonte da Vida)
Mosteiro feminino situado a sudoeste do mosteiro de São João.


Foi fundado em 1607 pelo monge de Patmos Parthenios Papakostas. É um exemplo puro de santuário insular e o segundo em dimensões no complexo de edifícios da Ilha. No interior do mosteiro encontram-se duas igrejas. A primeira é a da Fonte da Vida e a segunda de São João. Ambas são decoradas com ícones da arte bizantina (século XVII). Além disso, existem as celas para as monjas e os hóspedes que completam o complexo de edifícios do mosteiro que, com sua cor branca, realça a encantadora paisagem que o circunda. O mosteiro é rodeado de jardins cheios de flores com cores vivas.

Fonte: http://www.ecclesia.com.br

terça-feira, 14 de abril de 2009

Reencarnação: Uma controvérsia antiga

O cristianismo majoritário nunca professou a tese da reencarnação, pois ela não somente está ausente das Escrituras, mas é contraditada por textos bíblicos como Hebreus 9.27 e Lucas 23.43. É somente através de uma interpretação altamente figurada e tendenciosa de certas passagens que os espíritas podem encontrar a reencarnação nas páginas da Bíblia. Nos primeiros séculos, foram apenas alguns grupos cristãos periféricos, minoritários, que defenderam essa crença, como foi o caso dos gnósticos, com sua visão profundamente negativa do corpo e da matéria em geral.


O grande pensador cristão Orígenes (†254), de Alexandria, defendeu a pré-existência da alma, mas não a transmigração. A partir dele, surgiu uma corrente de monges que passaram a professar também a reencarnação e a salvação universal. Como o chamado "origenismo" se tornava fanático e tumultuava a Palestina, o Patriarca de Jerusalém, no século VI, pediu ao imperador Justiniano (483-565) que interviesse. Justiniano, o maior dos imperadores bizantinos, escreveu um tratado contra Orígenes e levou o Patriarca de Constantinopla a reunir um sínodo local em 543 que condenou teses relativas à pré-existência da alma e outras posições origenistas. Dez anos depois, em 553, o II Concílio de Constantinopla encerrou definitivamente a chamada "controvérsia origenista".

Fonte: http://www.mackenzie.br/6932.html


domingo, 12 de abril de 2009

Páscoa

Filipe e o Ovo da Páscoa

Uma professora ensinava uma aula de alunos do terceiro grau. Nesta aula havia uns 10 alunos, todos na faixa de oito anos.

Um dos seus alunos era um menino chamado Filipe. Filipe tinha síndrome de Down. Apesar de aparecer feliz, Filipe mostrava cada vez mais sua sensibilidade. Ele se sentia diferente dos outros alunos.

Se vocês conhecem algumas crianças de 8-10 anos vocês devem saber que as vezes elas podem ser um pouco insensíveis. É justamente nesta idade também que a criança está querendo cada vez mais ser aceito pelos seus amigos.

Infelizmente, Filipe, apesar dos esforços da professora, não foi aceito pelos outros meninos. Mesmo assim, a professora fez tudo possível para que Filipe se sentisse uma parte da turma.

Filipe não escolheu ser diferente. Ele não queria ser diferente dos outros alunos mas ele era. E todos sentiram isso.

Esta professora foi bastante criativa. Um ano, durante a páscoa ela levou para a sua aula dez ovos plásticos vazios. Cada aluno iria receber um ovo. O objetivo era que cada aluno saísse para o jardim e procurasse um símbolo de vida renovada, de vida nova, um símbolo da Páscoa. Depois, eles iam misturar todos os ovos e abri-los para ver o que tinha dentro.

Todos os alunos saíram correndo para achar algo para colocar dentro do seu ovo. Em pouco tempo, todos voltaram e depositaram seus ovos numa mesa. Daí a professora começou a abrir os ovos.

Ela abriu um e dentro tinha uma flor. Todas as criança ficaram admiradas. Ela abriu outro e tinha dentro uma borboleta. As meninas disseram "Ai que lindo! Que bonito!" Os meninos não disseram muita coisa , por que meninos são assim, não é?

A professora abriu um terceiro ovo, mas não tinha nada dentro. Imediatamente todos começaram a rir e gritar "Isso não está certo. Que coisa boba. Alguém errou!"

Foi quando a professora sentiu alguém puxando sua blusa. Ela olhou e viu que Filipe estava ao seu lado.

"É meu" disse Filipe. "É meu." As crianças começaram a rir e dizer "Ai Filipe, você nunca faz nada certo! Você tá sempre por fora!"

"Eu fiz certo, eu fiz" disse Filipe. "É o túmulo. O túmulo está vazio!"

Toda a aula ficou em silencio. Ninguém disse nada. E você pode acreditar, ninguém nunca mais disse a Filipe que ele era estúpido ou que fazia sempre as coisas erradas. De repente Filipe foi aceito pela turma.

Naquele mesmo ano Filipe faleceu. Sua família sabia por muito tempo que ele não ia viver uma vida longa.

Muitas coisas estavam erradas com seu pequeno corpo. No final de Julho, com uma infecção que qualquer um dos seus amigos teriam sobrevivido, Filipe faleceu. Seu velório foi realizado na igreja que os pais dele freqüentavam.

No dia do seu velório, nove crianças de oito anos de idade foram para a frente da igreja e colocaram em cima do seu caixão um ovo de plástico - vazio.

Como o menino Filipe, nosso Senhor Jesus Cristo foi visto e tratado por todos que o conheceram como alguém diferente.

Ele também não foi compreendido. Não foi entendido. Ele foi rejeitado. Foi perseguido. Jesus também deixou uma herança - algo vazio - seu túmulo.

Quando você pensar sobre seu próprio túmulo, com toda sua finalidade, com todo o poder que ele tem sobre você, com toda sua humilhação, lembre-se de uma coisa. Um dia seu túmulo estará vazio - graças a Jesus.

de Harry Pritchet Jr. em Jornal de Teologia de St. Luke's (St Luke's Journal fo Theology) (Junho 1976) citado em "Um Guia de Oração Para Todo o Povo de Deus" (A Guide to Prayer for All God's People), Nashville, Tenn, E.U.A.: Upper Room Books, 1990. pp. 326-329.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sexta-Feira da Paixão

A Crucificação de Cristo,
a partir de um ponto de vista médico
de C. Truman Davis


Lendo o livro de Jim Bishop “O Dia Que Cristo Morreu”, eu percebi que durante vários anos eu tinha tornado a crucificação de Jesus mais ou menos sem valor, que havia crescido calos em meu coração sobre este horror, por tratar seus detalhes de forma tão familiar - e pela amizade distante que eu tinha com nosso Senhor. Eu finalmente havia percebido que, mesmo como médico, eu não entendia a verdadeira causa da morte de Jesus. Os escritores do evangelho não nos ajudam muito com este ponto, porque a crucificação era tão comum naquele tempo que, aparentemente, acharam que uma descrição detalhada seria desnecessária. Por isso só temos as palavras concisas dos evangelistas “Então, Pilatos, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.”

Eu não tenho nenhuma competência para discutir o infinito sofrimento psíquico e espiritual do Deus Encarnado que paga pelos pecados do homem caído. Mas parecia a mim que como um médico eu poderia procurar de forma mais detalhada os aspectos fisiológicos e anatômicos da paixão de nosso Senhor. O que foi que o corpo de Jesus de Nazaré de fato suportou durante essas horas de tortura?

Dados históricos

Isto me levou primeiro a um estudo da prática de crucificação, quer dizer, tortura e execução por fixação numa cruz. Eu estou endividado a muitos que estudaram este assunto no passado, e especialmente para um colega contemporâneo, Dr. Pierre Barbet, um cirurgião francês que fez uma pesquisa histórica e experimental exaustiva e escreveu extensivamente no assunto.

Aparentemente, a primeira prática conhecida de crucificação foi realizado pelos persas. Alexandre e seus generais trouxeram esta prática para o mundo mediterrâneo--para o Egito e para Cartago. Os romanos aparentemente aprenderam a prática dos cartagineses e (como quase tudo que os romanos fizeram) rapidamente desenvolveram nesta prática um grau muito alto de eficiência e habilidade. Vários autores romanos (Lívio, Cícero, Tácito) comentam a crucificação, e são descritas várias inovações, modificações, e variações na literatura antiga.

Por exemplo, a porção vertical da cruz (ou “stipes”) poderia ter o braço que cruzava (ou “patibulum”) fixado cerca de um metro debaixo de seu topo como nós geralmente pensamos na cruz latina. A forma mais comum usada no dia de nosso Senhor, porém, era a cruz “Tau”, formado como nossa letra “T”. Nesta cruz o patibulum era fixado ao topo do stipes. Há evidência arqueológica que foi neste tipo de cruz que Jesus foi crucificado. Sem qualquer prova histórica ou bíblica, pintores Medievais e da Renascença nos deram o retrato de Cristo levando a cruz inteira. Mas o poste vertical, ou stipes, geralmente era fixado permanentemente no chão no local de execução. O homem condenado foi forçado a levar o patibulum, pesando aproximadamente 50 quilos, da prisão para o lugar de execução.

Muitos dos pintores e a maioria dos escultores de crucificação, também mostram os cravos passados pelas palmas. Contos romanos históricos e trabalho experimental estabeleceram que os cravos foram colocados entre os ossos pequenos dos pulsos (radial e ulna) e não pelas palmas. Cravos colocados pelas palmas sairiam por entre os dedos se o corpo fosse forçado a se apoiar neles. O equívoco pode ter ocorrido por uma interpretação errada das palavras de Jesus para Tomé, “vê as minhas mãos”. Anatomistas, modernos e antigos, sempre consideraram o pulso como parte da mão.

Um titulus, ou pequena placa, declarando o crime da vítima normalmente era colocado num mastro, levado à frente da procissão da prisão, e depois pregado à cruz de forma que estendia sobre a cabeça. Este sinal com seu mastro pregado ao topo teria dado à cruz um pouco da forma característica da cruz latina.

O suor como gotas de sangue

O sofrimento físico de Jesus começou no Getsêmani. Em Lucas diz: "E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra." (Lc 22:44) Todos os truques têm sido usados por escolas modernas para explicarem esta fase, aparentemente seguindo a impressão que isto não podia acontecer. No entanto, consegue-se muito consultando a literatura médica. Apesar de muito raro, o fenômeno de suor de sangue é bem documentado. Sujeito a um stress emocional, finos capilares nas glândulas sudoríparas podem se romper, misturando assim o sangue com o suor. Este processo poderia causar fraqueza e choque. Atenção médica é necessária para prevenir hipotermia.

Após a prisão no meio da noite, Jesus foi levado ao Sinédrio e Caifás o sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro traumatismo físico. Jesus foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Os soldados do palácio tamparam seus olhos e zombaram dele, pedindo para que identificasse quem o estava batendo, e esbofeteavam a Sua face.

A condenação

De manhã cedo, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não dormir, é levado ao Pretório da Fortaleza Antônia, o centro de governo do Procurador da Judéia, Pôncio Pilatos. Você deve já conhecer a tentativa de Pilatos de passar a responsabilidade para Herodes Antipas, tetrarca da Judéia. Aparentemente, Jesus não sofreu maus tratos nas mãos de Herodes e foi devolvido a Pilatos. Foi em resposta aos gritos da multidão que Pilatos ordenou que Bar-Abbas fosse solto e condenou Jesus ao açoite e à crucificação.

Há muita diferença de opinião entre autoridades sobre o fato incomum de Jesus ser açoitado como um prelúdio à crucificação. A maioria dos escritores romanos deste período não associam os dois. Muitos peritos acreditam que Pilatos originalmente mandou que Jesus fosse açoitado como o castigo completo dele. A pena de morte através de crucificação só viria em resposta à acusação da multidão de que o Procurador não estava defendendo César corretamente contra este pretendente que supostamente reivindicou ser o Rei dos judeus.

Os preparativos para as chicotadas foram realizados quando o prisioneiro era despido de suas roupas, e suas mãos amarradas a um poste, acima de sua cabeça. É duvidoso se os Romanos teriam seguido as leis judaicas quanto às chicotadas. Os judeus tinham uma lei antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chicotadas.

O açoite

O soldado romano dá um passo a frente com o flagrum (açoite) em sua mão. Este é um chicote com várias tiras pesadas de couro com duas pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira. O pesado chicote é batido com toda força contra os ombros, costas e pernas de Jesus. Primeiramente as pesadas tiras de couro cortam apenas a pele. Então, conforme as chicotadas continuam, elas cortam os tecidos debaixo da pele, rompendo os capilares e veias da pele, causando marcas de sangue, e finalmente, hemorragia arterial de vasos da musculatura.

As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subseqüentes chicotadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensangüentado. Quando é determinado, pelo centurião responsável, que o prisioneiro está a beira da morte, então o espancamento é encerrado.

Então, Jesus, quase desmaiando é desamarrado, e lhe é permitido cair no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue. Os soldados romanos vêm uma grande piada neste Judeu, que se dizia ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os seus ombros e colocam um pau em suas mãos, como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena. Um pequeno galho flexível, coberto de longos espinhos é enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre Sua cabeça. Novamente, há uma intensa hemorragia (o couro do crânio é uma das regiões mais irrigadas do nosso corpo).

Após zombarem dele, e baterem em sua face, tiram o pau de suas mãos e batem em sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em sua cabeça. Finalmente, cansado de seu sádico esporte, o manto é retirado de suas costas. O manto, por sua vez, já havia aderido ao sangue e grudado nas feridas. Como em uma descuidada remoção de uma atadura cirúrgica, sua retirada causa dor toturante. As feridas começam a sangrar como se ele estivesse apanhando outra vez.

A cruz

Em respeito ao costume dos judeus, os romanos devolvem a roupa de Jesus. A pesada barra horizontal da cruz á amarrada sobre seus ombros, e a procissão do Cristo condenado, dois ladrões e o destacamento dos soldados romanos para a execução, encabeçado por um centurião, começa a vagarosa jornada até o Gólgota. Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, é demais para ele. Ele tropeça e cai. As lascas da madeira áspera rasgam a pele dilacerada e os músculos de seus ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já chegaram ao seu limite.

O centurião, ansioso para realizar a crucificação, escolhe um observador norte-africano, Simão, um Cirineu, para carregar a cruz. Jesus segue ainda sangrando, com o suor frio de choque. A jornada de mais de 800 metros da fortaleza Antônia até Gólgota é então completada. O prisioneiro é despido - exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus.

A crucificação

A crucificação começa: Jesus é oferecido vinho com mirra, um leve analgésico. Jesus se recusa a beber. Simão é ordenado a colocar a barra no chão e Jesus é rapidamente jogado de costas, com seus ombros contra a madeira. O legionário procura a depressão entre os osso de seu pulso. Ele bate um pesado cravo de ferro quadrado que traspassa o pulso de Jesus, entrando na madeira. Rapidamente ele se move para o outro lado e repete a mesma ação, tomando o cuidado de não esticar os ombros demais, para possibilitar alguma flexão e movimento. A barra da cruz é então levantada e colocado em cima do poste, e sobre o topo é pregada a inscrição onde se lê: "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus".

O pé esquerdo agora é empurrado para trás contra o pé direito, e com ambos os pés estendidos, dedos dos pés para baixo, um cravo é batido atraves deles, deixando os joelhos dobrados moderadamente. A vítima agora é crucificada. Enquanto ele cai para baixo aos poucos, com mais peso nos cravos nos pulsos a dor insuportável corre pelos dedos e para cima dos braços para explodir no cérebro – os cravos nos pulsos estão pondo pressão nos nervos medianos. Quando ele se empurra para cima para evitar este tormento de alongamento, ele coloca seu peso inteiro no cravo que passa pelos pés. Novamente há a agonia queimando do cravo que rasga pelos nervos entre os ossos dos pés.

Neste ponto, outro fenômeno ocorre. Enquanto os braços se cansam, grandes ondas de cãibras percorrem seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem a dificuldade de empurrar-se para cima. Pendurado por seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado pelos pulmões, mas não pode ser expirado. Jesus luta para se levantar a fim de fazer uma respiração. Finalmente, dióxido de carbono é acumulado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que Jesus consegui falar as sete frases registradas:

Jesus olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre suas vestes disse: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. " (Lucas 23:34)

Ao ladrão arrependido, Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." (Lucas 23:43)

Olhando para baixo para Maria, sua mãe, Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho.” E ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “Eis aí tua mãe.” (João 19:26-27)

O próximo clamor veio do início do Salmo 22, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

Ele passa horas de dor sem limite, ciclos de contorção, câimbras nas juntas, asfixia intermitente e parcial, intensa dor por causa das lascas enfiadas nos tecidos de suas costas dilaceradas, conforme ele se levanta contra o poste da cruz. Então outra dor agonizante começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericárdio se enche de um líquido que comprime o coração.

Lembramos o Salmo 22 versículo 14 “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.”

Agora está quase acabado - a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico - o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos - os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam seus estímulos para o cérebro.

Jesus clama “Tenho sede!” (João 19:28)

Lembramos outro versículo do profético Salmo 22 “Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte.”

Uma esponja molhada em “posca”, o vinho azedo que era a bebida dos soldados romanos, é levantada aos seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido. O corpo de Jesus chega ao extremo, e ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre seu corpo. Este acontecimento traz as suas próximas palavras - provavelmente, um pouco mais que um torturado suspiro “Está consumado!”. (João 19:30)

Sua missão de sacrifício está concluída. Finalmente, ele pode permitir o seu corpo morrer.

Com um último esforço, ele mais uma vez pressiona o seu peso sobre os pés contra o cravo, estica as suas pernas, respira fundo e grita seu último clamor: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lucas 23:46).

O resto você sabe. Para não profanar a Páscoa, os judeus pediam para que o réus fossem despachados e removidos das cruzes. O método comum de terminar uma crucificação era por crucificatura, quebrando os ossos das pernas. Isto impedia que a vítima se levantasse, e assim eles não podiam aliviar a tensão dos músculos do peito e logo sufocaram. As pernas dos dois ladrões foram quebradas, mas, quando os soldados chegaram a Jesus viram que não era necessário.

Conclusão

Aparentemente, para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto espaço das costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração. O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: "E imediatamente verteu sangue e água." Isto era saída de fluido do saco que recobre o coração, e o sangue do interior do coração. Nós, portanto, concluímos que nosso Senhor morreu, não de asfixia, mas de um enfarte de coração, causado por choque e constrição do coração por fluidos no pericárdio.

Assim nós tivemos nosso olhar rápido – inclusive a evidência médica – daquele epítome de maldade que o homem exibiu para com o Homem e para com Deus. Foi uma visão terrível, e mais que suficiente para nos deixar desesperados e deprimidos. Como podemos ser gratos que nós temos o grande capítulo subseqüente da clemência infinita de Deus para com o homem – o milagre da expiação e a expectativa da manhã triunfante da Páscoa.

© Copyright C. Truman Davis

C. Truman Davis é um Oftalmologista nacionalmente respeitado, vice-presidente da Associação Americana de Oftalmologia, e uma figura ativa no movimento de escolas Cristãs. Ele é o fundador e presidente do excelente Trinity Christian School em Mesa, Arizona, e um docente do Grove City College.

[Esta tradução foi realizada para o site www.hermeneutica.com baseada em várias versões deste relato em inglês e traduções em português. Não há restrição quanto à reprodução desta versão do relato médico.]

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Qual o significado da Sexta-Feira Santa?

"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidade; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós." Is 53:5-6

A sexta-feira de paixão ou sexta-feira santa é o dia cristão que marca o julgamento, condenação, martírio, morte e sepultamento de Jesus Cristo. É na sexta-feira da paixão que Cristo percorre a Via Sacra que também é conhecida por muitos como Via Dolorosa. Ele carrega sua cruz até o Gólgota, onde é crucificado.

Depois de morto, seu corpo é descido da cruz e sepultado em uma gruta lacrada por uma grande pedra. Segundo a tradição cristã, a morte de Jesus é qualificada como Paixão, metaforicamente um ato de amor e de entrega. O silêncio, o jejum com base na abstinência de carne e a oração marcam este dia.

Desta forma segundo a tradição cristã na sexta-feira santa não se deve consumir carne vermelha. O tradicional é o consumo de peixe.

Fonte: http://www.pascoa.info/o-que-aconteceu-na-sexta-feira-da-paixao.html

Reencarnação: A posição dos pais da igreja

Alguns dos mais destacados dentre os "pais da igreja", os antigos teólogos e escritores cristãos, condenaram explicitamente a idéia da reencarnação. O apologista Justino Mártir (†165) opinou: "As almas não vêem a Deus nem transmigram para outros corpos". Irineu de Lião (†c.200), em sua famosa obra Contra as Heresias, declara: "Portanto, [os gnósticos] consideram necessário que, por meio da transmigração de corpo para corpo, as almas experimentem todo tipo de vida... Podemos subverter a doutrina [gnóstica] da transmigração de corpo para corpo por este fato: as almas nada lembram de eventos ocorridos em seus [supostos] estados anteriores de existência... Platão, o antigo ateniense, foi o primeiro a introduzir essa opinião". O notável Clemente de Alexandria (†c.220) observou em sua obra Stromata (Miscelâneas): "A hipótese de Basílides [um mestre gnóstico] diz que a alma, tendo pecado anteriormente em outra vida, experimenta punição nesta vida". Tertuliano (†c.220), o primeiro autor cristão a escrever em latim, se expressa muitas vezes sobre o assunto, como nesta passagem: "Quão mais digno de aceitação é o nosso ensino de que as almas irão retornar aos mesmos corpos. E quão mais ridículo é o ensino herdado [pagão] de que o espírito humano deve reaparecer em um cão, cavalo ou pavão!" (Ad Nationes, Cap. 19).
Hipólito de Roma (†c.236), escrevendo contra Platão, observa que Deus "efetuará a ressurreição de todos - não pela transferência das almas para outros corpos - mas pela ressurreição dos próprios corpos". O apologista e historiador Lactâncio (†c.320) expressa o pensamento dos seus contemporâneos cristãos: "Os pitagóricos e estóicos afirmavam que a alma não nasce com o corpo. Antes, eles dizem que ela foi introduzida no mesmo e que migra de um corpo para outro". Em outro ponto de sua obra As Institutas Divinas, ele afirma: "Pitágoras insiste que as almas migram de corpos desgastados pela velhice e pela morte. Ele diz que elas são admitidas em corpos novos e recém-nascidos. Ele também diz que as mesmas almas são reproduzidas ora em um homem, ora em uma ovelha, ora em um animal selvagem, ora em um pássaro... Essa opinião de um homem insensato é ridícula. É mais digna de um ator de teatro que de uma escola de filosofia".

Orígenes e Agostinho

É especialmente relevante a posição de Orígenes, o genial teólogo do terceiro século a quem se atribuem com freqüência noções reencarnacionistas. No Livro XIII do seu Comentário de Mateus, ele diz o seguinte referindo-se a João Batista: "Neste lugar, não me parece que através do nome 'Elias' se esteja fazendo uma referência à alma. De outro modo, eu iria recair na doutrina da transmigração, que é estranha à igreja de Deus. Ela não foi transmitida pelos apóstolos, nem é apresentada em qualquer lugar das Escrituras".


Um último testemunho importante vem do maior teólogo da Igreja Antiga, Agostinho (†430). Ele estava familiarizado com as teorias de reencarnação tanto maniqueístas quanto platônicas do seu tempo. Em um comentário sobre o Gênesis, ele rejeitou como contrária à fé cristã a idéia de que as almas humanas retornavam em corpos de diferentes animais, de acordo com a sua conduta moral (transmigração). Em A Cidade de Deus (Livro X, Cap. 30), o bispo de Hipona observa que, embora o filósofo neoplatônico Porfírio tenha rejeitado esse conceito ensinado por Platão e Plotino, e não hesitasse em corrigir os seus mestres nesse ponto, ele achava que as almas humanas voltavam em outros corpos humanos (reencarnação). Agostinho sugere que Porfírio se sentia constrangido em afirmar que a alma de uma mãe pudesse voltar em uma mula a ser cavalgada por seu filho, mas não em afirmar que ela voltasse em uma mulher que se casaria com o seu filho. Ele conclui afirmando quão mais honrosa é a verdade ensinada pelos profetas, por Cristo e pelos apóstolos de que as almas retornam de uma vez por todas para os seus próprios corpos.

Conclusão

Em suma, a reencarnação é uma idéia anterior ao surgimento do cristianismo e achava-se amplamente difundida no ambiente cultural em que surgiu a fé cristã. No entanto, desde o início os cristãos rejeitaram firmemente essa concepção, e o fizeram porque tinham uma convicção diametralmente oposta - a ressurreição do corpo. Enquanto a teoria da reencarnação ensina o retorno da alma a um corpo diferente do anterior, os primeiros cristãos aprenderam a crer e a confessar, com base na experiência do próprio Senhor Jesus, que a alma retorna somente uma vez, para habitar o mesmo corpo, agora ressuscitado e glorificado. Tão radical era esse conceito, que com freqüência sua menção provocava reações de desprezo e contrariedade (ver Atos 17.32; 26.23-24). Hoje, nestes tempos da Nova Era, pode estar na moda crer na reencarnação, como acontecia entre os gregos e os romanos antigos. Mas os cristãos conscienciosos sabem que não devem seguir os modismos culturais e religiosos que agradam às pessoas, mas apegar-se à fé histórica originada em Cristo, transmitida por seus apóstolos e defendida pela Igreja dos primeiros séculos.

domingo, 5 de abril de 2009

O Chip do Futuro

Ao enviar um recado para o orkut de minha prima (Luciene Mello) me deparei com o seguinte vídeo "O Chip do Futuro", postado por uma de suas amigas!
Muitos evangélicos têm falado sobre o tal chip, se for verdade as "interpretações paraguaias" acho que todos os que se dizem salvos devem jogar também seus cartões de créditos, assim como, os de déditos que possuem chip no lixo, sem falar dos celulares de tecnológia GSM, pois todos também possuem o tal chip.

Segundo a "doutrina escapista" antes da marca da besta (para alguns o chip) a igreja vai subir (ser arrebatada). Por que tais crentes se preocupam tanto com tal chip??? porventura ficarão eles para tal evento? Cristo quando veio ao Mundo veio trazer o Reino de Deus e não o "Reino das Trevas". Foi o próprio Cristo que disse: É chegado o Reino de Deus! Enquanto os "Escapistas" pregam o Reino do Diabo (anticristo) e de como se preparar para tal reino. Muito estranho. É Cristo Que diz: O Reino é como um grão de mostarda que um homem, pegando nele, semeou no seu campo, e se tornou uma grande árvore. E ainda: "O Reino é semelhante ao fermento que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado". Interpretando, o Reino começou de forma pequena (grão de mostarda/fermento), é missão da Igreja (homem/mulher) semear tal reino para que o mesmo cresça. Cadê o Reino do Anticristo. Não se interpreta bíblia com notícias de tv.


Conclusão:


Durante a História da Igreja sempre existiu anticristos (leia a carta do Apóstolo João capítulo 2, versículos 18 ao 29); OBS: Não é exclusividade de um só indivíduo.

Alexandre Mello


Veja o vídeo.



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