terça-feira, 14 de abril de 2009

Reencarnação: Uma controvérsia antiga

O cristianismo majoritário nunca professou a tese da reencarnação, pois ela não somente está ausente das Escrituras, mas é contraditada por textos bíblicos como Hebreus 9.27 e Lucas 23.43. É somente através de uma interpretação altamente figurada e tendenciosa de certas passagens que os espíritas podem encontrar a reencarnação nas páginas da Bíblia. Nos primeiros séculos, foram apenas alguns grupos cristãos periféricos, minoritários, que defenderam essa crença, como foi o caso dos gnósticos, com sua visão profundamente negativa do corpo e da matéria em geral.


O grande pensador cristão Orígenes (†254), de Alexandria, defendeu a pré-existência da alma, mas não a transmigração. A partir dele, surgiu uma corrente de monges que passaram a professar também a reencarnação e a salvação universal. Como o chamado "origenismo" se tornava fanático e tumultuava a Palestina, o Patriarca de Jerusalém, no século VI, pediu ao imperador Justiniano (483-565) que interviesse. Justiniano, o maior dos imperadores bizantinos, escreveu um tratado contra Orígenes e levou o Patriarca de Constantinopla a reunir um sínodo local em 543 que condenou teses relativas à pré-existência da alma e outras posições origenistas. Dez anos depois, em 553, o II Concílio de Constantinopla encerrou definitivamente a chamada "controvérsia origenista".

Fonte: http://www.mackenzie.br/6932.html


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