sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Igreja Valdense completa 153 anos no Uruguai e Argentina

Em 2010 os valdenses celebram 153 anos de presença no Uruguai. Em 26 de junho de 1857o pastor Charbonnier subiu a bordo de um navio em Gênova e reuniu na rampa de acesso um grupo de emigrantes de Piemonte, para um culto invocando a proteção de Deus, com as palavras do salmo 107: "Fizeram-se ao mar em navios, para negócios na imensidão das águas. As ondas sossegaram, eles se alegraram e Deus os guiou ao porto almejado".

O navio chegou em 24 de setembro de 1857 no porto de Montevideo e se instalaram no Estado de Colonia. Dali, através de um projeto de colonização considerado modelo para a época, os valdenses se espalharam por diversas regiões do Uruguai e Argentina.

A Igreja Evangélica Valdense tem origem anterior à Reforma. Seu fundador foi Pedro Valdo, um rico comerciante de Lyon/França, que em 1173 distribuiu suas posses aos pobres e se converteu em pregador leigo itinerante. Por isso, ele e seus seguidores, foram chamados de "os pobres de Lyon". Pregaram contra a opulência e o luxo da herarquia eclesiástica. Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, sendo somente a Bíblia a fonte de toda autoridade eclesiástica. Os valdenses reuniam-se em casas e grutas clandestinamente, devido à perseguição dos católicos.

A Igreja Valdense está organizada em 15 comunidades no Uruguai e em 10 na Argentina, num total aproximado de 3000 membros ativos.


Colonia Valdense/Uruguai

domingo, 15 de agosto de 2010

IURD e IMPD são declaradas seitas pela IPB

- Algumas decisões da Segunda Sessão Ordinária

- Determinar que ao ministro da IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL não lhe será permitido exercer seu pastorado em denominações neo-pentecostais, conforme o Art. 43 da CI/IPB, por contrariar o prescrito no Art. 33 dos Princípios de Liturgia da IPB.

- O SUPREMO CONSELHO/IPB – 2010 RESOLVE:

1) com base no Relatório da Comissão Especial (CE-2007), determinada pela Resolução SUPREMO CONSELHO/IPB – 2006-006, enquadrar a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) como seita;

2) com base na resolução do SC/IPB – 2006-006, que reafirma a posição do SC/IPB – 1998-117 e no relatório especial CE-2007, determinar que os membros oriundos da IURD deverão ser aceitos mediante batismo e profissão de fé.

- declarar como seita a Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), em razão de suas práticas litúrgicas e doutrinárias, de acordo com a resolução SC/IPB – 2006-006, determinando que todos os membros da IMPD, ao serem recebidos pela IPB, o sejam mediante batismo e profissão de fé;

OS VALDENSES

Pedro Valdo foi um rico comerciante de Lyon, no século XII. Em 1176, teve contato com uma tradução do Novo Testamento e decidiu abandonar todos os seus bens, com exceção daquilo que fosse necessário para o sustento de sua família.

Um grupo de discípulos logo se formou, tornando-se conhecidos como os Pobres de Espírito. Valdo e seus seguidores passaram, então, a pregar suas idéias pela região. Em virtude de sua recusa em interromper suas pregações, eles foram excomungados em 1184.

Valdo também foi um tradutor, que traduziu a Bíblia para o provençal.

Mesmo após a morte de Pedro Valdo, em 1217, seus discípulos continuaram o movimento, sendo nomeados, então, os valdenses.


Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, sendo esta Bíblia a fonte de toda autoridade eclesiástica.

Os valdenses reuniam-se em casas de família ou mesmo em grutas, clandestinamente, devido à perseguição da Igreja Católica. Celebravam a Santa Ceia uma vez por ano. São considerados como uma igreja pré-reformada. Negavam a supremacia de Roma, rejeitavam o culto às imagens como idolatria e eram guardadores do sábado bíblico.

Foram duramente perseguidos na França e na Itália, instalando-se com maior concentração nos vales alpinos de Piemonte, norte da Itália.

A Itália continua sendo o principal país dos Valdenses. Há comunidades valdenses em outros paises, principalmente no Uruguai.

A principal base doutrinária dos valdenses é a chamada Confissão de 1120. É o documento mais antigo da Reforma Protestante e embora não se tenha idéia das condições ou dos autores que o elaboraram, constituiu-se num marco demarcatório para a formação de uma tradição confessional reformada, ainda que de modo algum seja essa tradição homogênea. E de fato o texto da confissão valdense tem poucos pontos em comum com a literatura confessional do século XVI, especialmente com os credos luterano e calvinista, embora não possa ser definido como uma peculiaridade distinta do resto do conjunto dos textos confessionais. Essas aproximações são, em suma, a perspectiva do juízo final (art.9), a explícita condenação da liturgia católica (artgs.10 e 11) e a concordância de que as ordenanças de Cristo dizem respeito apenas à ceia e ao batismo nas águas, sendo excluídas todas as demais. Nesse sentido, o documento confessional dos valdenses pode ser sim considerado um documento reformado, não obstante o perfeccionismo de sua doutrina e outras peculiaridades que são decorrentes do próprio contexto histórico em que se desenvolveu esse movimento. A idéia dos valdenses em torno da predestinação, em particular, aproxima bastante a visão desse grupo das concepções monergísticas dos movimentos do século da Reforma, embora seja difícil falar ainda de um monergismo radical que pressuponha, de algum modo, antevisões do calvinismo extremado do Sínodo de Dort ou da Confissão de Westminster. Mas é evidente que o contexto geral de uma sociedade manietada e dominada até a opressão por uma igreja onipresente e onisciente e cujos líderes espirituais eram mais déspotas do que curas de almas, acabaram influenciando o desenvolviemnto doutrinário do movimento valdense em direção não só à auto-exclusão do mundo, mas ao sectarismo mais radical, inclusive no que tange aos demais movimentos reformados considerados, no mínimo, tão despóticos e arbitrários quanto os sequazes do romanismo, e passando a exigir, por conseguinte, uma eclesiologia e uma dogmática que lhe fossem acessíveis e peculiares, definindo desse modo a sua identididade confessional.

1º - Cremos que há um só Deus, que é Espírito – o Criador de todas as coisas – o Pai de tudo, que é sobre tudo, e por tudo e em tudo; o qual deve ser adorado em espírito e em verdade – do qual dependemos continuamente, e a quem rendemos louvor por nossa vida, alimento, abrigo, saúde, enfermidade, prosperidade, e adversidade. Nós O amamos por ser a fonte de toda bondade; e O reverenciamos pois é o ser sublime, que sonda e prova os corações dos filhos dos homens.
2º - Cremos que Jesus Cristo é o Filho e a imagem do Pai – que nEle habita toda a plenitude da Deidade, e que por Ele somente conhecemos ao Pai. Ele é o nosso Mediador e advogado; e não há outro nome dado debaixo do céu em que possamos ser salvos. Em Seu nome somente nos achegamos ao Pai; não nos utilizamos de orações além daquelas contidas nas Sagradas Escrituras, ou das que estão em concordância com elas.
3º - Cremos no Espírito Santo como o Consolador, que procede do Pai e do Filho, por cuja inspiração somos ensinados a orar, sendo renovados por Ele em nossas mentes; quem nos faz novas criaturas para as boas obras, e de quem recebemos o conhecimento da verdade.
4º - Cremos que há somente uma igreja santa, que compreende a assembléia dos eleitos e fiéis que existiram desde o principio do mundo e que existirão até o fim. O
Senhor Jesus Cristo é o cabeça dessa igreja – ela é governada por Sua Palavra e
guiada pelo Espírito Santo. Na igreja é necessário que os cristãos tenham
comunhão. Cristo intercede por Ela sem cessar, e Sua oração por ela é a mais
aceitável diante de Deus, sem a qual de fato não haveria possibilidade de
salvação.
5º - Sustentamos que os ministros da igreja devem ser irrepreensíveis tanto na vida como na doutrina; se se prova o contrário, eles devem ser depostos de seu ofício, e substituídos por outros; e que nenhuma pessoa pode presumir de tomar esta honra para si mesma senão aquele que é chamado por Deus como o foi Arão – que os deveres dos tais são alimentar o rebanho de Deus, não por lucro, ou como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas como exemplos para o rebanho, em palavra, em conversas, em caridade, em fé e em castidade.
6º - Afirmamos que os reis, príncipes e governadores são os ministros designados por Deus, aos quais temos que obedecer [em todo assunto legal e civil], porque portam a espada para defender o inocente e castigar aquele que faz o mal; essa é a razão por que devemos honrá-los e pagar-lhes tributo. Ninguém pode se excluir desse poder e autoridade, como vemos no exemplo do Senhor Jesus Cristo, o qual voluntariamente pagou o tributo, sem tomar para si mesmo jurisdição alguma do poder temporal.
7º - Cremos que a ordenança do batismo em águas é o sinal visível e externo que representa aquilo que, pela virtude da operação invisível de Deus está dentro de nós – isto é, a renovação de nossas mentes, e a mortificação dos nossos membros por meio da fé em Jesus Cristo. E por essa ordenança somos recebidos na santa congregação do povo de Deus, havendo professado e declarado nossa fé e novidade de vida.
8º - Mantemos que a ceia do Senhor é uma comemoração dos (e em agradecimento pelos) benefícios que temos recebido por Seus sofrimentos e morte – e que deve ser
recebida em fé e amor – examinando-nos a nós mesmos, de forma que possamos comer o pão e beber do vinho, como está escrito nas Sagradas Escrituras.
9º - Sustentamos que o matrimônio foi instituído por Deus, que é santo e honorável, e
que não deve ser proibido a ninguém, se não houver restrição por parte da Palavra de Deus.
10º - Asseguramos que todos aqueles em que habita o temor de Deus serão guiados a agradá-lo, e a abundar em boas obras [do Evangelho], as quais Deus preparou de antemão para que andássemos nelas – amor, gozo, paz, paciência, benignidade, bondade, mansidão, sobriedade, e todas as demais boas
obras a que se exorta nas Sagradas Escrituras.
11º - Por outro lado, confessamos que consideramos nosso dever ter cuidado com os falsos mestres, cujo objetivo é desviar as mentes dos homens da adoração verdadeira de Deus, e levá-los a pôr sua confiança na criatura, ao se apartarem das boas obras do
Evangelho, e colocarem sua atenção nas invenções dos homens.
12º - Temos o Antigo e Novo Testamento como nossa regra de vida, e concordamos com a confissão de fé denominada Credo dos Apóstolos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

OS MENOMITAS

Os Menonitas (ou Mennonitas) são um ramo dos Anabatistas, movimento religioso surgido na Europa na época da Reforma.

O testemunho pessoal e a perseguição religiosa levaram os anabatistas e a nova doutrina a diferentes países da Europa, surgindo inúmeras igrejas inicialmente na Suíça, Prússia (atual Alemanha), Áustria e Países Baixos. Neste último, um dos grandes líderes anabatistas foi Menno Simons (1496-1561), cuja influência sobre o grupo foi tão profunda (moderada para alguns) que seus adversários passaram a chamar aos anabatistas de "menonitas".

O principal ponto de discórdia entre os menonitas e seus perseguidores era o batismo infantil. Os menonitas acreditam que a igreja deve ser formada a partir de membros batizados voluntariamente. Isso não era tolerado pelo Estado, nem pela igreja católica nem pela igreja protestante oficial da época.

Os menonitas tiveram durante a sua história diversos pontos de discórdia entre si o que sempre acabou levando a divisões e novas denominações entre eles, como por exemplo os Amish.

Durante o século XVI os menonitas e outros anabatistas foram duramente perseguidos, torturados e martirizados. Por isso muitos deles emigraram para os Estados Unidos, onde ainda hoje vive a maior parte dos menonitas. Eles estão entre os primeiros alemães a imigrarem para os Estados Unidos.

Em 1788, a convite de Catarina, a Grande, imperatriz da Rússia, agricultores menonitas da Prússia (atualmente Alemanha e Polónia) emigraram para Chortitza (em 1789) e Molotschna (em 1804) no sul da Rússia (atualmente Ucrânia). Com o passar do tempo, por escassez de terra e outros motivos, surgiram muitas outras colonizações menonitas que lutaram pelo seu bem-estar espiritual, cultural e material em diversas regiões da Rússia Europeia e asiática.
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