domingo, 30 de janeiro de 2011

Profetas no Novo Testamento

1- Quem eram eles? O Novo Testamento não fala das qualificações deste ofício, mas os profetas são várias vezes mencionados em conexão com os apóstolos. "Profetas e apóstolos lhes mandarei" (Lucas 11:49); "edificados sobre o fundamento de apóstolos e profetas" (Efésios 2:20); "como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas" (Efésios 3:5.)

2- A Função deles. Os textos acima mostram que aqueles profetas compartilharam da estruturação da igreja junto com os apóstolos. Eles ensinaram as verdades divinamente reveladas, mas não foram instrumentos usados para escrever as Escrituras.

3- Sua Duração. Este dom estava relacionado ao fundamento ou estruturação da igreja, portanto, ele cessou juntamente com o dom de apóstolo, uma vez que este trabalho de estruturação foi completado e bem sucedido.

Na prática, hoje em dia, cada seita moderna tem o seu início por alguém que se auto-nomeou profeta ou apóstolo. Se acreditarmos na continuidade deste dom, nós não teremos um método seguro pelo qual poderemos refutar suas grosseiras heresias. Afinal de contas, quem vai discutir com um profeta!

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domingo, 23 de janeiro de 2011

A Regeneração Precede a Fé - R.C. Sproul


Um dos momentos mais dramáticos em minha vida, na formação de minha teologia, ocorreu em uma sala de aula de um seminário. Um de meus professores foi ao quadro negro e escreveu estas palavras em letras garrafais:

"A REGENERAÇÃO PRECEDE A FÉ"

Aquelas palavras foram um choque para o meu sistema. Eu tinha entrado no seminário crendo que a obra principal do homem para efetivar o novo nascimento era a fé. Eu pensava que nós tínhamos que primeiro crer em Cristo, para então nascermos de novo. Eu uso as palavras "para então" aqui por uma razão. Eu estava pensando em termos de passos que deviam ocorrer em uma certa seqüência. Eu colocava a fé no princípio. A ordem parecia algo mais ou menos assim:

"Fé - novo nascimento -justificação."

Eu não tinha pensado sobre esse assunto com muito cuidado. Nem tinha atentado cuidadosamente às palavras de Jesus a Nicodemus. Eu presumia que mesmo sendo um pecador, uma pessoa nascida da carne e vivendo na carne, eu ainda tinha uma pequena ilha de justiça, um pequeno depósito de poder espiritual remanescente em minha alma para me capacitar a responder ao Evangelho sozinho. Possivelmente eu tinha sido confundido pelo ensino da Igreja Católica Romana. Roma, e muitos outros ramos do Cristianismo, tem ensinado que a regeneração é graciosa; ela não pode acontecer aparte da ajuda de Deus.

Nenhum homem tem o poder para ressuscitar a si mesmo da morte espiritual. A divina assistência é necessária. Esta graça, de acordo com Roma, vem na forma do que é chamado graça preveniente. "Preveniente" significa que ela vem antes de outra coisa. Roma adiciona a esta graça preveniente o requerimento de que devemos "cooperar com ela e assentir diante dela", antes que ela possa atuar em nossos corações.

Esta concepção de cooperação é na melhor das hipóteses uma meia verdade. Sim, a fé que exercemos é nossa fé. Deus não crê por nós. Quando eu respondo a Cristo, é a minha resposta, minha fé, minha confiança que está sendo exercida. O assunto, contudo, se aprofunda. A questão ainda permanece: "Eu coopero com a graça de Deus antes de eu nascer de novo, ou a cooperação ocorre depois?" Outro modo de fazer esta pergunta é questionar se a regeneração é monergista ou sinergista. Ela é operativa ou cooperativa? É eficaz ou dependente? Algumas destas palavras são termos teológicos que requerer maior explanação.


MONERGISMO E SINERGISMO

Uma obra monergística é uma obra produzida por uma única pessoa. O prefixo mono significa um. A palavra erg refere-se a uma unidade de trabalho. Palavras como energia são construídas com base nessa raiz. Uma obra sinergística é uma que envolve cooperação entre duas ou mais pessoas ou coisas. O prefixo sun significa "juntamente com".

Eu faço esta distinção por um razão. O debate entre Roma e Lutero foi travado sobre este simples ponto. A questão era esta: A regeneração é uma obra monergística de Deus ou uma obra sinergística que requer cooperação entre homem e Deus? Quando meu professor escreveu "A regeneração precede a fé" no quadro negro, ele estava claramente tomando o lado da resposta monergística. Depois de uma pessoa ser regenerada, esta pessoa coopera pelo exercício de sua fé e confiança. Mas o primeiro passo é a obra de Deus e de Deus tão-somente.

A razão pela qual não cooperamos com a graça regeneradora antes dela agir sobre nós e em nós é que nós não podemos. Não podemos porque estamos mortos espiritualmente. Não podemos assistir o Espírito Santo na vivificação de nossas almas para a vida espiritual, da mesma forma que Lázaro não podia ajudar Jesus a ressuscitá-lo dos mortos.

Quando comecei a lutar com o argumento do Professor, fiquei surpreso ao descobrir que o estranho som de seu ensino não era novidade. Agostinho, Martinho Lutero, João Calvino, Jonathan Edwards, George Whitefield - até o grande teólogo medieval Tomás de Aquino ensinaram esta doutrina. Tomás de Aquino é o Doctor Angelicus da Igreja Católica Romana. Por séculos seu ensino teológico era aceito como dogma oficial pela maioria dos Católicos. Então, ele era a última pessoa que eu esperava sustentar tal visão da regeneração. Todavia Aquino insistiu que a graça regeneradora é uma graça operante, e não uma graça cooperativa. Aquino falou da graça preveniente, mas ele falou de uma graça que vem antes da fé, que é a regeneração.

Estes gigantes da história Cristã derivaram a visão deles das Sagradas Escrituras. A frase chave na Carta de Paulo aos Efésios é esta: "estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)" (Efésios 2:5). Aqui Paulo localiza o tempo em que a regeneração ocorre. Ela ocorreu "quando estávamos ainda mortos". Com um único raio de revelação apostólica foram esmagadas, total e completamente, todas as tentativas e entregar a iniciativa na regeneração aos homens. Novamente, homens mortos não cooperam com a graça. A menos que a regeneração ocorra primeiro, não há possibilidade de fé.

Isso não diz nada de diferente do que Jesus disse a Nicodemus. A menos que um homem nasça de novo primeiro, ele não pode ver ou entrar no reino de Deus. Se nós cremos que a fé precede a regeneração, então nós colocamos nossos pensamentos, e, portanto, nós mesmos, em direta oposição não só aos gigantes da história Cristã, mas também ao ensino de Paulo e do nosso próprio Senhor Jesus Cristo.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

ADVOGAR EXIGE RACIOCÍNIO RÁPIDO, INTELIGÊNCIA E CLIENTE ESPERTO

Em Minas, Bruno estava sendo julgado por assassinato...

Havia evidências indiscutíveis sobre a culpa do réu, mas o cadáver não aparecera.
Quase ao final da sua sustentação oral, o advogado, temeroso de que seu cliente fosse condenado, recorreu a um truque:

- "Senhoras e senhores do júri, senhor Juiz, eu tenho uma surpresa para todos!"

- disse o advogado olhando para o seu relógio...

- "Dentro de dois minutos, a pessoa que aqui se presume assassinada, entrará na sala deste Tribunal."

E olhou para a porta.
Os jurados, surpresos, também ansiosos, ficaram olhando para a porta.
Decorreram-se dois longos minutos e nada aconteceu.
O advogado, então, completou:

- "Realmente, eu falei e todos vocês olharam para a porta com a expectativa de ver a suposta vítima. Portanto, ficou claro que todos têm dúvida neste caso, se alguém realmente foi morto. Por isso insisto que vocês considerem o meu cliente inocente". (In dubio pro reo) na dúvida a favor do réu.

Os jurados, visivelmente surpresos, retiraram-se para a decisão final..
Alguns minutos depois, o júri voltou e pronunciou o veredicto:

- "Culpado!"

- "Mas como?" perguntou o advogado... "Eu vi todos vocês olharem fixamente para a porta, é de se concluir que estavam em dúvida! Como condenar na dúvida?"

E o juiz esclareceu:

- "Sim, todos nós olhamos para a porta, menos o Bruno..."

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Handel - Hallelujah - Messiah

Um Pouco sobre Georg Friedrich Hangel


Testemunhos de época afirmam que Händel tinha uma impressionante facilidade para compor, às vezes compunha mais rápido do que os seus libretistas podiam fornecer-lhe o texto para suas óperas e oratórios. Compôs a abertura de Rinaldo em uma única noite, e escrevendo Belshazzar tão rapidamente que seu libretista não conseguia acompanhá-lo, entreteve-se nas horas vagas compondo Hercules, outra grande obra. Seu célebre O Messias, extenso oratório em três atos, foi composto em apenas 24 dias. Não era sistemático, compunha obras em partes independentes enquanto que trabalhava em várias ao mesmo tempo. Quando compunha isolava-se do mundo e ninguém tinha permissão para interrompê-lo. Enquanto o fazia, gritava consigo mesmo, e se emocionava quando trabalhava sobre um texto trágico ou piedoso. Seus serviçais muitas vezes o viram chorando e soluçando sobre as folhas de música. Quando esteve escrevendo o coro Halleluja, do Messiah, seu camareiro foi servir-lhe chocolate quente e o encontrou em prantos, para quem o músico disse: "Não sei se eu estava em meu corpo ou fora dele quando escrevi isso, só Deus sabe!"

domingo, 16 de janeiro de 2011

Vestir-se de Saco e Cobrir-se de Cinzas

As cinzas simbolizam dor, morte e penitência. Por exemplo, no livro de Ester, Mardoqueu se veste de saco e se cobre de cinzas quando soube do decreto do Rei Asuer I (Xerxes, 485-464 antes de Cristo) da Pérsia que condenou à morte todos os judeus de seu império. (Est 4,1). Jó (cuja história foi escrita entre os anos VII e V antes de Cristo) mostrou seu arrependimento vestindo-se de saco e cobrindo-se de cinzas (Jó 42,6). Daniel (cerca de 550 antes de Cristo) ao profetizar a captura de Jerusalém pela Babilônia, escreveu: "Volvi-me para o Senhor Deus a fim de dirigir-lhe uma oração de súplica, jejuando e me impondo o cilício e a cinza" (Dn 9,3). No século V antes de Cristo, logo depois da pregação de Jonas, o povo de Nínive proclamou um jejum a todos e se vestiram de saco, inclusive o Rei, que além de tudo levantou-se de seu trono e sentou sobre cinzas (Jn 3,5-6). Estes exemplos retirados do Antigo Testamento demonstram a prática estabelecida de utilizar-se cinzas como símbolo (algo que todos compreendiam) de arrependimento.

João Paulo II será beatificado em 1º de maio deste ano

Quem fez o anúncio foi o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi SJ, após a divulgação da aprovação do decreto sobre o milagre atribuído à intercessão de Karol Wojtyla.

Uma nota da Congregação para as Causas dos Santos, publicada hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé, detalha o Iter da causa de beatificação de João Paulo II.

A data da beatificação do Papa polonês foi divulgada depois que, em 11 de janeiro, os cardeais e bispos da Congregação consideraram "milagrosa" a cura da freira Marie Pierre Simon, por intercessão de João Paulo II.

A causa de beatificação de João Paulo II, "por Dispensa Pontifícia, começou antes do decorrer de cinco anos a partir da morte do Servo de Deus, exigidos pela regulamentação vigente", lembra o relatório publicado no dia 14/01/2011.

sábado, 15 de janeiro de 2011

A Intercessão de Cristo – C. H. Spurgeon

Eu, porém, roguei por ti. São Lucas 22.32


Quão encorajador é o pensamento de que a intercessão do Redentor por nós nunca cessa! Quando nós oramos, Ele roga em nosso benefício. Quando não estamos orando, Ele está defendendo nossa causa e, por meio de sua intercessão, protegendo-nos de perigos invisíveis. Observe a mensagem de conforto dirigida a Pedro — "Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo!" Mas, o quê?! "Vai e roga por ti mesmo?" Este seria um bom conselho; todavia, não é isto que está escrito.

Tampouco o Senhor Jesus afirmou: "Mas eu te manterei vigilante, e, assim, tu serás preservado". Esta seria uma grande bênção. Não, o Senhor Jesus disse: "Eu... roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça" (Lucas 22.32). Sabemos pouco a respeito do quanto devemos às orações de nosso Senhor.

Quando chegarmos às alturas do céu e olharmos para trás, para o caminho pelo qual o Senhor nos conduziu, nós O louvaremos imensamente. Visto que o Senhor Jesus orou diante do trono eterno, Ele desfez o mal que Satanás estava realizando na terra. Nós O louvaremos muito porque Ele nunca descansou, porém dia e noite mostrou as marcas das feridas em suas mãos e levou os nossos nomes em seu peitoral! Mesmo antes de Satanás começar a tentá-Lo, o Senhor Jesus o obstruiu e entrou em um litígio no céu.

A misericórdia aniquila a malícia. O Senhor Jesus não disse: "Satanás vos tem peneirado, por isso, Eu rogarei por vós". Pelo contrário, "Satanás tem desejado vos possuir". O Senhor Jesus confronta Satanás em seu próprio desejo, abafando completamente esse desejo. Jesus não disse: "Eu desejo rogar por ti". Não, Ele afirmou: "Eu roguei por ti; Eu já fiz isso. Já me apresentei na corte divina e apresentei minha defesa, mesmo antes de a acusação ter sido feita".

Utilidade Pública: SOS Região Serrana Fluminense

Doações às vítimas das enchentes em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo

Para ajudar os milhares de desabrigados e desalojados da Região Serrana do Rio, vários postos recebem doações de materiais. As equipes de voluntários pedem prioritariamente colchonetes, cobertores, fraldas descartáveis, materiais de limpeza e higiene pessoal.

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A Junta Diaconal da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro estará recebendo, a partir deste domingo, dia 16, doações que serão encaminhadas às famílias atingidas pelo temporal, na região serrana fluminense. Alimentos, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal – como sabonete, pasta de dentes, fralda descartável e absorvente higiênico podem ser entregues na Igreja.

Rua Silva Jardim, 23 - Centro, Rio de Janeiro - (0xx)21 2220-4805

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A Convenção Batista Brasileira, a Junta de Missões Nacionais e a Convenção Batista Fluminense estão lançando uma Campanha para apoio às vítimas. Há várias formas de ajudar: com oração, envio de donativos (água potável, alimentos, caixas de leite, fraldas, produtos de higiene e colchões), ou financeiramente.

CONVENÇÃO BATISTA CARIOCA
Rua Senador Furtado, 12 - Praça da Bandeira
Tel. (21) 2569-0988
Horário: Segunda a sexta-feira - 9 às 18h

IGREJA BATISTA CENTRAL DE TERESÓPOLIS
Rua Dr. Waldir Barbosa Moreira, 40 Várzea (Antiga Rua 1º de Maio)
Tel. (21) 2742-1649 e 3643-3232
Pr. Josué Cardoso
Horário: Diariamente e em qualquer horário - há plantões 24 horas

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A Igreja Metodista na 1ª Região Eclesiástica montou pontos de coleta para recolher oações de mantimentos, roupas de cama e toalhas. Água potável e alimentos não perecíveis são itens de maior necessidade no momento.

O HemoRio - Instituto Estadual de Hematologia do Rio de Janeiro – planeja enviar 300 bolsas de sangue para as vítimas das fortes chuvas na região serrana do Estado. É importante que você participe ajudando como puder.

Os pontos de coleta para envio de material são:

Catedral Metodista Catete
Pc José de Alencar, 04, Flamengo, Rio de Janeiro - RJ
e-mail: secretaria@catedralmetodista.org.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
tel: (21) 2556-6276

Igreja Metodista Central de Petrópolis
Rua Marechal Deodoro, 80, Centro, Petrópolis - RJ
e-mail: secretaria@metodistapetropolis.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
tel: (24) 2242-4440

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A Assembleia de Deus Vitória em Cristo está mobilizando os seus membros e moradores da capital do Rio de Janeiro, para doarem alimentos não perecíveis, água, cobertas, roupas e material de higiene pessoal para os desabrigados e desalojados.

Para saber mais informações sobre a entrega de doações no templo sede da ADVEC ligue para: (21) 2187-7070 e falem com os pastores Paulo Rosa e Marcelo Graça, responsáveis pela arrecadação. A ADVEC sede fica localizada na Rua Montevidéu, 1191, bairro da Penha, zona norte do Rio.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Presidente do dicastério para a unidade dos cristãos se une às vítimas de Alexandria.

O presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos enviou uma mensagem ao bispo da Igreja Copto-Ortodoxa da Itália, Barnaba El Soryany, por ocasião do Natal dos cristãos do Oriente, comemorado na noite de 6 a 7 de janeiro (data do calendário juliano) pela comunidade copta de Roma.

A mensagem foi lida em nome do cardeal Koch pelo seu representante, o Pe. Gabriel Quick, responsável pelas Igrejas Orientais no mesmo dicastério.

Recordando o massacre de 31 de dezembro, o cardeal Koch expressou seu "profundo pesar" pela "notícia trágica do atentado que causou numerosas mortes e feridos entre os cristãos coptos, quando um carro-bomba explodiu na frente da Igreja de Todos os Santos de Alexandria, depois da Missa da meia-noite para a comemoração do Ano Novo".

"Neste momento de tristeza, estou unido em oração a vós e à comunidade cristã copta - acrescentou o purpurado. Juntos, partilhamos essa dor; juntos, rezamos pela cura, pela paz e pela justiça."

O cardeal Koch recorda a mensagem de Bento XVI, afirmando que "o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos faz suas as declarações pronunciadas pelo Papa Bento XVI, quando ouviu a notícia do ataque".

Naquele momento, o Pontífice disse: "Rezo pelas vítimas e suas famílias; e encorajo as comunidades eclesiais a perseverarem na fé e no testemunho da não-violência que nos vem do Evangelho".

Apóstolos

1- Quem eram eles? O termo "apóstolo" literalmente significa mensageiro, alguém enviado ou delegado. Ninguém podia ser um apóstolo pela própria vontade ou desejo, eles deveriam ser pessoalmente chamados pelo Senhor Jesus Cristo para este ofício. "E, quando já era dia, chamou os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos" (Lucas 6:13). Todos eram homens, não havia nenhuma mulher chamada para ser "apóstolo"

De acordo com o Livro de Atos 1:21-22, para que alguém se tornasse um apóstolo, era necessário ter sido testemunha ocular durante todo o ministério público de Cristo incluindo depois da Sua ressurreição.

Foi permitido a igreja primitiva nomear diáconos (Atos 6:5) e anciãos (Atos 14:23), mas eles não podiam nomear apóstolos. Tal prerrogativa veio diretamente e tão somente de Cristo. Mesmo em Atos 1, a decisão final daquele que ocuparia o lugar de Judas, foi deixada nas mãos do Senhor. "E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido" (Atos 1:24).

No Novo Testamento, nós também encontramos a mesma palavra Grega para "apóstolo" sendo usada para designar homens cujas igrejas escolheram para transmitir informações ou ajuda duma igreja para outra (II Coríntios 8:23; Filipenses 2:25; Atos 14:14; Apocalipse 2:2) Estes, portanto, não devem ser confundidos com os doze escolhidos pessoalmente por Cristo como Seus apóstolos.

O apóstolo Paulo desfrutou de um chamado único ou exclusivo. Embora ele não tivesse acompanhado Cristo durante Seu ministério público, ele viu Cristo ressuscitado e foi especialmente designado por Ele, como vemos em Gálatas 1:1, "Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos)" Novamente Paulo explica; "e por derradeiro me apareceu também a mim, como a um abortivo" (I Coríntios 15:8.) Cristo chamou a Paulo mesmo depois da época da chamada dos apóstolos ter passado. Observe que Paulo foi o último de todos os apóstolos na terra a ver o Senhor Jesus de maneira visível, como uma testemunha de Sua ressurreição. Ninguém tem visto Cristo desta maneira desde então. Por isso, Pedro podia presumir que nenhum de seus leitores tinha visto o Senhor: "Ao qual, não o havendo visto amais, no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso" (I Pedro 1:8)

Ninguém, hoje em dia, que se advoga ser um apóstolo, preenche estas qualificações bíblicas. Da mesma forma, não temos nenhum dos apóstolos presentes para poder confirmar este chamado, como podemos ver quando Paulo foi recebido e reconhecido pelos mesmos (Gálatas 2:9). Vemos na igreja de Corinto, que um irmão com o dom de profecia, não falava e não era aceito sem que outros com o mesmo dom julgassem se o que foi dito vinha realmente da parte de Deus, sendo assim, como podem então estes que hoje dizem ser apóstolos serem julgados, sendo que não há mais apóstolos em nosso meio (I Coríntios 14:29.)

2- A Função deles. De acordo com Efésios 2:20, os apóstolos tiveram papel importante no desenvolvimento da Igreja Neo-Testamentária, que foi edificada "sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina." O papel deles incluiu pelo menos três funções. Primeira: A de serem testemunhas contundentes da ressurreição de Cristo, pois todos puderam vê-lo em Seu corpo ressuscitado. Segunda: A de receberem a revelação do mistério da Nova aliança, ou época da igreja, que seria composta tanto de judeus como de gentios (Efésios 3:1-10.). Os apóstolos foram os primeiros a entenderem esta verdade e a ensinaram para outros. Terceira: Eles foram inspirados a escrever a infalível Palavra de Deus ou Santas Escrituras, que as gerações posteriores poderiam ler. Todo o Novo Testamento foi escrito por um apóstolo ou por alguém diretamente ligado a um deles. Pouco antes de sua morte, o ultimo dos apóstolos que ainda sobrevivia, nos relata que este aspecto do trabalho deles foi completado de uma vez por todas (Apocalipse 22:18-19). Desde então, não temos mais nenhuma revelação que seja inspirada e genuína.

3- Sua Duração. O ofício de apóstolo foi temporário, pois seu trabalho estava limitado ao período de estruturação da igreja. O fundamento se faz necessário somente uma vez, e dali em diante, nós construímos sobre ele, pois não colocamos repetida e interminavelmente um fundamento. Não há lugar para apóstolos em nossos dias, pois o fundamento já foi há muito tempo completado. O cristianismo bíblico tem sido edificado sobre este fundamento por mais de 2000 anos. É uma coisa totalmente vergonhosa e arrogante, alguém ousar se colocar a si mesmo em pé de igualdade com Pedro ou Paulo e assumir o título de apóstolo hoje.
Fonte:http://www.palavraprudente.com.br

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Rússia festeja Natal ortodoxo

Desde o estreito de Bering até suas bases na Antártida, a Rússia festeja hoje o Natal Ortodoxo. A Igreja Ortodoxa Russa mostrou de novo sua fidelidade ao antigo calendário Juliano que comemora o Natal 13 dias depois que católicos e protestantes.

A Rússia festeja no dia 7 de janeiro ou entre hoje e domingo, o Natal ortodoxo porque a Igreja Ortodoxa Russa continua seguir o calendário juliano, criado por Júlio César em 46 antes de Cristo, e não o gregoriano. Para os ortodoxos, o Natal não é uma festa com a importância que ganhou no mundo católico, tendo maior relevância a Páscoa.
A festa do nascimento de Jesus é na Rússia encarada principalmente como uma antecipação da Páscoa. Com o Natal na Rússia acaba o jejum de natal de quarenta dias. A tradição ortodoxa impede que, por esta altura, se consumam leite e carnes gordas, pelo que o cardápio basea-se sobretudo em pratos de peixe, cogumelos e em saladas de vários tipos , por exemplo muito popular é uma salada com couve branca, salgada, e cenoura, cuja confecção demora três a quatro dias.

As celebrações religiosas juntarão os fieis ortodoxos russos em mais de 18 mil catedrais , igrejas e 635 monastérios do país. Mas o centro das celebrações do Natal Ortodoxo na Rússia será a catedral de Cristo Salvador em Moscou , onde o Patriarca Alexis II oficiará o principal serviço do dia. Uma das orações da Igreja Ortodoxa russa para este dia diz: “A Virgem hoje dá à luz Aquele que está acima de toda a essência e a terra oferece uma gruta Àquele que é inacessível. Os anjos e os pastores glorificam-no. Os magos caminham seguindo a estrela. Por nós nasceu o Menino Deus que existe antes de todos os séculos.”

Na véspera do Natal na Rússia há o hábito de cantar as janeiras. Jovens e crianças andam de casa em casa cantando canções e lengalengas, propondo adivinhas e pedindo guloseimas. Os donos recebem os foliões com alegria e dão-lhes de bom grado doces e pasteis. Esta tradição chama-se em russo "colhadki" . Hoje jovens fazem colhadki principalmente nas aldeias e pequenas cidades.


PS: A diferença nas comemorações natalinas data do tempo do Papa Gregório XIII que mudou o calendário Juliano para o Gregoriano. Várias igrejas não católicas se recusaram a usar o novo calendário. Só as igrejas ortodoxas da Rússia, Ucrânia, Servia e Grécia observam esta data.

Cristãos egípcios celebram o Natal copta nesta sexta-feira

Os cristãos egípcios celebram nesta sexta-feira (7) o Natal copta, após festejos realizados na noite desta quinta-feira (6) sem incidentes, apesar do temor gerado depois do atentado contra uma igreja na semana passada, que provocou a morte de 23 pessoas.

A calma reina nas ruas das cidades do Egito, onde é feriado nacional. Na sede do Patriarcado copta na catedral de Abassiya, no Cairo, foi celebrada na noite de quinta-feira a Missa do Galo, liderada pelo papa Shenouda 3º, que prestou homenagem às vítimas do ataque contra a igreja dos Santos, em Alexandria.

- Quero chorar por nossos filhos em Alexandria e em muitos outros países onde foram martirizados; inocentes que não fizeram nada. Também quero enviar minhas condolências aos nossos filhos em Naga Hammadi, já que passou um ano desde sua morte.

O pontífice se referia ao massacre de 6 de janeiro do ano passado, na localidade de Naga Hammadi, no sul do Egito, onde nove pessoas - oito delas cristãs - foram assassinadas a tiros quando saíam de uma igreja após assistir à missa do galo, que marca o começo do Natal ortodoxo.

Papa Shenouda 3º também agradeceu ao presidente Hosni Mubarak por sua solidariedade, já que o líder do país "fez com que o Natal fosse um dia nacional para todos os egípcios".

A cerimônia, celebrada em meio a um amplo esquema de segurança, compareceram fiéis cristãos e muçulmanos, além de 12 ministros e estrelas de cinema e TV do Egito.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Sal da Terra e Luz do Mundo

Para poder ser sal da Terra, dos homens, da vida, da existencia — tem-se que, paradoxalmente, ser Luz do Mundo.

O Mundo é uma categoria em trevas e sem sabor! Jaz no Maligno!...

A Terra, porém, tem esperança...; pode gostar do gosto do amor... O Mundo, porém, não vive de esperança, mas apenas de poder e volupia.

A Terra espera e geme por Redenção!

O Mundo mata por Poder e Controle!

Por isto, a fim de ser Luz no Mundo, tenho que me diferenciar dele por completo...

Já para ser Sal da Terra [...] tenho que mergulhar no Planeta dos Homens e da criação...

Todavia, para que minha Luz brilhe no Mundo, tenho que me diferenciar dele, enquanto me indentifico com a Terra segundo Jesus!

A Terra é boa, tendo sido amaldiçoada por causa do Mundo!

O Mundo é o homem; a humanidade arrogante...

Terra é vida, é criação, é ambiente jardim...

O problema da Terra é o mundo!

Nunca desistirei da Terra e dos humanos que amam a vida; mas não tenho nenhuma energia para alimentar o Mundo!...

Com o Mundo estou em guerra...

Com a Terra estou trabalhando na culinaria da vida, com o Sal do Céu!

No Mundo minha existência é embate da Luz com as Trevas!

Na Terra é a missão de restaurar o sabor!

Mas para isso é preciso que haja Luz em mim, no meu olhar, no meu interpretar em amor. Minha guerra de Luz contra o mundo é praticada com as armas do Amor. Luz e Amor são a mesma coisa segundo João, na 1ª Epístola.

Já a minha relação com a Terra é de muita delicadeza, como a de uma cozinheira preparando um banquete; sobretudo temperando tudo com Sal-amor!

O Mundo tem que acabar para que surja o Novo Céu e a Nova Noiva Terra!

Eu, todavia, quero ser encontrado lutando por homens, pela verdade que une, pela justiça de Deus, pela criação, pelo Templo da Terra de Deus!

Assim, sou inimigo do Mundo por amor a Deus e aos homens que no mundo amam a vida; e sou amigo da Terra por amor a Quem a criou para a vida, incluindo a vida dos humanos!

O Mundo está perdido juntamente com seu Príncipe!

A Terra, porém, está Grávida Daquele que haverá de reger as nações com o cetro de Sua boca!

Quem ama a Terra ama os homens e toda criação!...

Quem ama o mundo ama os Poderes do Príncipe das Trevas!

Decida de uma vez por todas quais são os seus amores!

Mas lembre: “Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.

Algo mais a inventar?...

Ora, chega!

Nele, que venceu o mundo,


Caio
26/12/2010
Lago Norte
Brasília
DF

Os Sacramentos

Rev. Ronald Hanko
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto


Tendo falado da pregação e disciplina, chegamos agora ao difícil assunto dos sacramentos. Por um lado, é inquietante que os sacramentos, apontados por Cristo como marcas da unidade da igreja, sejam uma causa principal de divisões na igreja. Por outro lado, quase tudo o que uma igreja crê vem a se focar nos sacramentos, de forma que não é surpresa que eles marquem as divisões entre igrejas e cristãos. Falamos dos sacramentos não para promover divisões, mas com a esperança e oração que possa haver unidade na verdade.

O que são os sacramentos? A palavra sacramento vem de uma palavra latina que significa “juramento”, e embora não seja encontrada na Escritura, usamo-la porque cada sacramento é uma promessa ou juramento visível, tangível (tocável) de Cristo para a sua igreja.

A palavra sacramento é usada para se referir a certos ritos especialmente dados por Cristo à sua igreja para confirmar suas promessas a ela. Esses ritos devem ser usados na igreja até que Cristo volte (Mt. 28:19, 20; 1Co. 11:26).

Esses ritos ou cerimônias são símbolos ou sinais. Isso é evidente a partir do fato que Jesus chama o pão da ceia do Senhor de “meu corpo”, e o cálice de “o novo testamento no meu sangue” (Lucas 22:20). Visto que o pão e o cálice não podem ser essas coisas literalmente, como esperamos mostrar, devem ser sinais do corpo e sangue de Cristo.

Vemos essa mesma coisa no batismo. A Escritura chama pelo mesmo nome o batismo com água e o lavar dos pecados pelo sangue de Cristo. Tanto o sinal como a realidade espiritual tem o mesmo nome: batismo (compare Atos 2:41 e 1Pe. 3:21).

Esses símbolos e sinais são dados para ajudar a nossa fé (Juízes 6:36-40;
Lucas 1:18-20; Lucas 2:12). Eles ajudam a nossa fé de duas formas: retratando as realidades invisíveis e espirituais; e apontando para Cristo como o Salvador completo. Necessitamos deles porque nossa fé é frequentemente fraca, e devemos crer sem ver (João 20:29; 2Co. 5:7).

Crendo que há continuidade entre a circuncisão e o batismo, e entre a páscoa e a ceia do Senhor, vemos os sacramentos como selos (Rm. 4:11) também. De fato, se são sinais, devem ser selos também, pois sinais sempre confirmam ou selam algo.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Um Tratado sobre o Batismo - III

Rev. John Wesley
11 de Novembro de 1.75


Terceira Parte

1. Mas nosso Salvador quer que isto (batismo) possa permanecer sempre em sua Igreja?
Esta é a terceira coisa que vamos considerar. E isto pode ser expedido em algumas poucas palavras, uma vez que não pode existir dúvida razoável, mas foi pretendido durar tanto quanto a Igreja em que ele é o meio designado de entrada. De maneira extraordinária, não existem outros meios de se entrar na Igreja ou no céu.

2. Em todas as épocas, o batismo exterior é o meio do interior; como a circuncisão exterior foi o da circuncisão do coração. Nem seria proveitoso um judeu dizer: "Eu tenho a circuncisão interior, e não necessito da circuncisão exterior também". Aquela alma deveria ser extirpada de seu povo. Ele teria menosprezado, ele teria quebrado a aliança eterna de Deus, por menosprezar o selo dela. (Gênesis 17:14). Agora, o selo da circuncisão deveria durar em meio ao judeu, por quanto tempo a lei durasse, para o qual ela os obrigou. Através da clara paridade de razão, o batismo, que veio em seu lugar, deve durar dentre os cristãos, por quanto tempo a aliança evangélica, na qual ele foi admitido, e a qual ela obriga todas as nações.

3. Isto aparece também da autoridade original que nosso Senhor deu aos seus Apóstolos: "Vão, façam discípulos em todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os. E observe, eu estarei sempre com vocês, até o fim do mundo". Agora, por quanto tempo esta autoridade durou, por quanto tempo Cristo prometeu estar com eles na execução dela, por tanto tempo, sem dúvida, eles a executaram, e batizaram, assim como ensinaram. Mas Cristo prometeu estar com eles, ou seja, através de seu Espírito, em seus sucessores, até o fim do mundo. Por quanto tempo, portanto, sem discussão, foi o desígnio que aquele batismo permanecesse em sua Igreja.

Um Tratado Sobre o Batismo - II

Rev. John Wesley
11 de Novembro de 1.756

Segunda Parte

1. Quais os benefícios que recebemos pelo batismo, é o próximo ponto a ser considerado. E o primeiro destes é, o lavar a culpa do pecado original, pela aplicação dos méritos da morte de Cristo. Que nós todos nascemos sob a culpa do pecado de Adão, e que todos os pecados merecem miséria eterna, era a consciência unânime da Igreja antiga, como está expresso no Nono Artigo da nossa Igreja. E as Escrituras plenamente afirmam que nós somos "moldados na iniqüidade, e no pecado nossa mãe nos concebeu"; que "éramos todos, pela natureza, filhos da ira, e mortos nas transgressões e pecados"; que "em Adão todos morrem"; que "através da desobediência de um homem todos foram feitos pecadores"; que "através de um homem, o pecado entrou no mundo, e a morte, através do pecado; que veio sobre todos os homens, porque todos haviam pecado". Isto plenamente inclui as crianças; porque elas também morrem; portanto, elas pecaram: Mas não através do pecado atual; portanto, através do original; ou que necessidade teriam elas da morte de Cristo? Sim, "a morte reinou de Adão a Moisés, até mesmo sobre aqueles que não pecaram" verdadeiramente, "de acordo com a similitude da transgressão de Adão". Isto, que podem se referir às crianças apenas é uma prova clara de que toda a raça da humanidade é detestável, para a culpa e punição da transgressão de Adão. Mas "como pela ofensa de um, o julgamento veio sobre todos os homens como condenação; então, pela retidão de um, o dom livre veio sobre todos os homens, para a justificação da vida". E a virtude deste dom livre, os méritos da vida e morte de Cristo são aplicados a nós no batismo. "Ele deu a si mesmo pela Igreja, e ele santificaria e limparia com a lavagem da água, através da palavra" (Efésios 5:25,26); ou seja, no batismo, o instrumento ordinário de nossa justificação. Concordante com isto, nossa Igreja ora no ofício batismal, para que a pessoa a ser batizada possa ser "lavada e santificada pelo Espírito Santo, e, livre da ira de Deus, receba a remissão dos pecados, e desfrute da graça divina de sua lavagem celestial"; e declare na Rubrica no final do ofício: "É certo que, através da Palavra de Deus, que os filhos, que são batizados, morrendo antes que eles cometam pecado atual são salvos". E isto está de acordo com o julgamento unânime de todos os Antepassados.

2. Pelo batismo, nós entramos em aliança com Deus; naquela aliança eterna, que ele tem ordenado para sempre (Salmos 111:9) "Redenção enviou ao seu povo; ordenou a sua aliança para sempre; santo e tremendo é o seu nome"; que a nova aliança que ele prometeu fazer com a Israel espiritual; até mesmo "dar a eles um novo coração e um novo espírito, para aspergir água limpa sobre eles" (do qual o batismo é apenas uma figura), "e não mais lembrar de seus pecados e iniqüidades"; em uma palavra, ser o Deus Deles, como ele prometeu a Abraão, na aliança evangélica que ele fez com ele e toda sua descendência espiritual. (Gênesis 17:7,8). E assim como a circuncisão foi, então, o meio de fazer parte desta aliança, então, o batismo é agora; o que é, portanto, denominado pelo Apóstolo (tantos bons interpretes atribuem a suas palavras), "a condição, contrato, ou aliança de uma boa consciência com Deus".

3. Através do batismo, nós somos admitidos na Igreja, e, consequentemente, feitos membros de Cristo, a sua Cabeça. Os judeus foram admitidos na Igreja, através da circuncisão, assim são os cristãos, através do batismo. Porque, "tantos quantos são batizados em Cristo", em seu nome, "são, desta forma, revestidos de Cristo". (Gálatas 3:27); ou seja, são unidos misteriosamente a Cristo, e feito um com ele. Porque, "através de um Espírito, todos somos batizados em um corpo". (I Cor. 12:13); ou seja, a Igreja, "o corpo de Cristo" (Efésios 4:12). De cuja união espiritual, vital com ele, procede a influência de sua graça sobre aqueles que são batizados, como nossa união com a Igreja, um compartilhar de todos os seus privilégios e em todas as promessas que Cristo tem feito a ela.

4. Pelo batismo, nós que somos "pela natureza, filhos da ira" somos feitos filhos de Deus. E esta regeneração quenossa Igreja em tantos lugares atribui ao batismo é mais do que meramente ser admitido na Igreja, embora comumente ligado por meio disto; sendo "enxertado no corpo da Igreja de Cristo, somos feitos os filhos de Deus pela adoção e graça". Este é o alicerce sobre as claras palavras de nosso Senhor: "Exceto que um homem nasça novamente da água e do Espírito, ele não poderá entrar no reino de Deus". (João 3:5). Pela água, então, como um meio, a água do batismo, nós somos regenerados ou nascidos novamente; de onde é também chamado pelo Apóstolo, "a lavagem da regeneração". Nossa Igreja, portanto, atribui nenhuma virtude maior ao batismo do que o próprio Cristo tem feito. Nem ele atribui isto ao lavar exterior, mas à graça interior, que, acrescentada a isto, faz dela um sacramento. Aqui um princípio da graça é introduzido, o que não será totalmente tirado, exceto se nós suprimirmos o Espírito Santo de Deus, pela longa continuidade da maldade.

5. Em conseqüência de nosso sermos feitos filhos de Deus, somos herdeiros do reino do céu. "Se filhos" (como o Apóstolo observa), então, "herdeiros, herdeiros de Deus, e co-herdeiros com Cristo". Nisto nós recebemos uma porção e uma garantia de "um reino que não pode ser mudado". O batismo agora nos salva, se nós vivemos respondíveis a ele, se nos arrependermos, crermos e obedecermos ao evangelho: Supondo que se ele nos admite aqui na Igreja, então, nos admite na glória vindoura.

Um Tratado Sobre o Batismo - I

Rev. John Wesley
11 de Novembro de 1.756

Concernente ao batismo, eu devo inquirir, o que ele é; quais os benefícios que recebemos através dele; se nosso Senhor o designou para manter sempre em sua Igreja; e quem são os objetos apropriados dele.

Primeira Parte

1. O que ele é. É um sacramento iniciatório, que nos coloca em aliança com Deus. Ele foi instituído por Cristo, quem apenas tem poder de instituir um sacramento apropriado, um sinal, selo, garantia e meios da graça perpetuamente obrigatório sobre todos os cristãos. Nós não sabemos, de fato, o exato momento desta instituição; mas sabemos que ela existiu muito antes da ascensão de nosso Senhor. E foi instituída em lugar da circuncisão. Porque, já que aquele era um sinal e selo da aliança de Deus, então este também.

2. A matéria deste sacramento é a água; que, como tem um poder natural de limpar, é a mais adequada para este uso simbólico. O batismo é executado pelo lavar, mergulhar, ou aspergir a pessoa, em nome do Pai, Filho e Espírito Santo, que é, por este intermédio, consagrada à sempre abençoada Trindade. Eu digo, pelo lavar, mergulhar ou aspergir; porque não está determinado nas Escrituras quais destas maneiras deverá ser feito, nem através de algum preceito expresso, nem através de tal exemplo, como uma prova clara disto; nem pela força ou significado da palavra batizar.


3. Que não existe preceito expresso, todos os homens sensatos admitem. Nem existe algum exemplo conclusivo. O batismo de João, em algumas coisas, concordou com o de Cristo; em outras, diferiu dele. Mas ele não pode ser certamente provado das Escrituras que, até mesmo o de João foi executado pelo mergulho. É verdade que ele batizou em Enom, junto a Salim, onde havia "muita água". Mas isto se referia à respirar, preferivelmente a mergulhar; uma vez que um local estreito não teria sido suficiente para tão grande multidão. Nem pode ser provado, que o batismo de nosso Salvador, ou aquele ministrado por seus discípulos, foi por imersão. Não, nem do eunuco batizado por Felipe, embora "eles entrassem na água". Porque este entrar pode referir-se à carruagem, e não implica determinada profundidade de água. Deveria ser acima dos joelhos deles; não seria acima de seus tornozelos.

4. Como nada pode ser determinado pelos preceitos ou exemplos bíblicos, então, nem da força ou significado da palavra. Porque as palavras batizar e batismo não necessariamente significam mergulhar, mas são usadas em outros sentidos em diversos lugares. Assim, lemos que os Judeus "eram todos batizados na nuvem e no mar" (I. Cor. 10:2); mas eles não eram mergulhados em algum deles. Portanto, poderia ser apenas gotas aspergidas da água do mar, e orvalhos frescos da nuvem, provavelmente sugerido neste: "Tu, ó Deus, mandaste a chuva em abundância, confortaste a tua herança, quando estava cansada" (Salmos 68:9).

Novamente: Cristo disse aos seus dois discípulos: "Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu bebo, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?" (Marcos 10:38), mas nem ele, nem eles foram mergulhados, mas apenas aspergidos, ou lavados com o próprio sangue.

Novamente lemos em (Marcos 7:4) dos batismos (assim está no original) de potes e copos, e mesas e camas. Agora, os potes e copos não são necessariamente mergulhados, quando eles são lavados. Mais do que isto, os fariseus lavaram os exteriores deles somente. E quanto às mesas ou camas, ninguém admite que pudessem ser mergulhadas. Aqui, então, a palavra batismo. Em seu sentido natural, não é tomada por mergulhar, mas por lavar ou limpar. "E, quando voltam do mercado, se não se lavarem, não comem. E muitas outras coisas há que receberam para observar, como lavar os copos, e os jarros, e os vasos de metal e as camas". E, que este é o verdadeiro significado da palavra batizar, é testificado pelos maiores estudiosos, e os mais apropriados juízes deste assunto. É verdade que lemos do ser "enterrado com Cristo no batismo". Mas nada pode ser deduzido de tal expressão figurativa. E mais, se ela se mantivesse exatamente, seria usada tanto para aspergir, quanto mergulhar; uma vez que, no enterrar, o corpo não é mergulhado através da substância da terra, mas, antes, a terra é derramada aos poucos sobre ele.

5. E quanto a existir nenhuma prova clara do mergulhar, nas Escrituras, então, existe uma prova muito provável do contrário. É altamente provável que os próprios Apóstolos batizaram grandes números, não pelo mergulhar, mas por lavar, aspergir, derramar água. Isto claramente E a quantidade de água usada não foi material; não mais do que a quantidade de pão e vinho na Ceia do Senhor. O carcereiro "e todos de sua casa foram batizados" na prisão; Cornélio com seus amigos, (e assim diversos pertences) em casa. Agora, isto quer dizer igualmente, que todos esses tinham tanques ou rios, dentro ou perto de suas casas, suficiente para mergulhá-los todos? Toda pessoa imparcial deve admitir que o contrário é muito mais provável Novamente: Três mil de uma só vez, e cinco mil em outra, se converteram e foram batizadas por Pedro em Jerusalém; onde eles tinham nada, a não ser águas gentis de Siloé, de acordo com a observação do Sr. Fuller. "Não existiam moinhos de água em Jerusalém, porque não havia correnteza larga o suficiente para dirigi-las". O lugar, portanto, assim como o número torna altamente provável que todos esses foram batizados pelo aspergir ou derramar, e não pela imersão. Para resumir tudo, a maneira de batizar (quer por mergulho, ou aspersão) não está determinada nas Escrituras. Não existe mandamento para um, preferivelmente ao outro. Não existe exemplo do que podemos concluir por mergulhar, preferivelmente a aspergir. Existem prováveis exemplos de ambos; e ambos estão igualmente contidos no significado natural da palavra.
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