terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Os Sacramentos

Rev. Ronald Hanko
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto


Tendo falado da pregação e disciplina, chegamos agora ao difícil assunto dos sacramentos. Por um lado, é inquietante que os sacramentos, apontados por Cristo como marcas da unidade da igreja, sejam uma causa principal de divisões na igreja. Por outro lado, quase tudo o que uma igreja crê vem a se focar nos sacramentos, de forma que não é surpresa que eles marquem as divisões entre igrejas e cristãos. Falamos dos sacramentos não para promover divisões, mas com a esperança e oração que possa haver unidade na verdade.

O que são os sacramentos? A palavra sacramento vem de uma palavra latina que significa “juramento”, e embora não seja encontrada na Escritura, usamo-la porque cada sacramento é uma promessa ou juramento visível, tangível (tocável) de Cristo para a sua igreja.

A palavra sacramento é usada para se referir a certos ritos especialmente dados por Cristo à sua igreja para confirmar suas promessas a ela. Esses ritos devem ser usados na igreja até que Cristo volte (Mt. 28:19, 20; 1Co. 11:26).

Esses ritos ou cerimônias são símbolos ou sinais. Isso é evidente a partir do fato que Jesus chama o pão da ceia do Senhor de “meu corpo”, e o cálice de “o novo testamento no meu sangue” (Lucas 22:20). Visto que o pão e o cálice não podem ser essas coisas literalmente, como esperamos mostrar, devem ser sinais do corpo e sangue de Cristo.

Vemos essa mesma coisa no batismo. A Escritura chama pelo mesmo nome o batismo com água e o lavar dos pecados pelo sangue de Cristo. Tanto o sinal como a realidade espiritual tem o mesmo nome: batismo (compare Atos 2:41 e 1Pe. 3:21).

Esses símbolos e sinais são dados para ajudar a nossa fé (Juízes 6:36-40;
Lucas 1:18-20; Lucas 2:12). Eles ajudam a nossa fé de duas formas: retratando as realidades invisíveis e espirituais; e apontando para Cristo como o Salvador completo. Necessitamos deles porque nossa fé é frequentemente fraca, e devemos crer sem ver (João 20:29; 2Co. 5:7).

Crendo que há continuidade entre a circuncisão e o batismo, e entre a páscoa e a ceia do Senhor, vemos os sacramentos como selos (Rm. 4:11) também. De fato, se são sinais, devem ser selos também, pois sinais sempre confirmam ou selam algo.

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