segunda-feira, 23 de março de 2009

A coroa que Jesus escolheu


Coroas sempre foram um sinal de autoridade e realeza. O rei Charles o Grande tinha uma coroa octogonal. Cada um dos oito lados era uma plaqueta de ouro. Cada plaqueta era revestida de esmeraldas e pérolas.

O rei Ricardo Coração de Leão, Rei da Inglaterra tinha uma coroa tão pesada que precisava de dois homens para segurar na sua cabeça. A rainha Elizabete tem uma coroa que vale $20 milhões.

Mas, junte todas estas coroas e elas não valem um tostão em comparação às coroas que Cristo tem.

Apocalipse 19:12 diz que ele tem "muitos diademas". Ele tem a coroa da justiça. Ele possui a coroa da glória. Ele tem a coroa da vida. Ele usa uma coroa de paz e de poder. Mas, de todas as coroas que Jesus possui, uma é a mais querida de todas.

Esta coroa não foi fabricada de ouro nem prata. Ela não é coberta de jóias. Esta coroa não foi formada pelas mãos de um mestre artesão. Esta coroa foi formada depressa, pelas mãos rudes de um soldado Romano. Esta coroa não foi colocada na cabeça de Jesus numa cerimônia de glória e honra, mas numa farsa humilhante. É uma coroa de espinhos.

O impressionante sobre esta coroa, a coroa que Jesus escolheu para ele, é que, de todas as coroas que ele poderia ter escolhido, esta não pertencia a ele. Você merecia usar esta coroa. Você merecia sentir os espinhos. Você merecia sentir o sangue descendo pelos seus olhos e ouvidos. Você merecia toda a dor. Mas, a você, e a mim, Jesus oferece a coroa da vida. Ele tomou a nossa e nos oferece até hoje a coroa que era dEle.


- James S. Hewett, ed. Illustrations Unlimited (Wheaton: Tyndale House Publishers, Inc, 1988) pp. 162-163.

domingo, 22 de março de 2009

APOCALIPSE: A ESPERANÇA QUE NASCE DA VITÓRIA

Nos livros da Bíblia encontramos uma diversidade de linguagem utilizada na escrita. Uma delas é a linguagem apocalíptica. Um dos livros que se utiliza deste estilo literário é o Apocalipse de João.
O livro do Apocalipse não nos oferece informações precisas sobre seu autor. Uma tradição bastante firme, da qual encontramos vestígios desde o século II, identifica o autor do Apocalipse com o apóstolo João, ao qual foi atribuído também o Quarto Evangelho. Naquele tempo era costume dedicar uma obra literária a um personagem importante do passado. Isso acontecia sobretudo quando alguém escrevia uma obra apocalíptica.
O Apocalipse é dirigido às “sete Igrejas da Ásia” (1,3.11; 2–3): trata-se, de fato, de sete comunidades cristãs situadas na Província da Ásia, cuja metrópole era Éfeso. Por causa do número sete, que evoca a plenitude, pode-se pensar que o autor visava não somente a algumas comunidades particulares, por ele especialmente conhecidas, mas a toda a Igreja .
Quanto às circunstâncias da composição, a obra nos traz algumas indicações, as quais, porém, não nos permitem uma datação precisa. De um lado, a Igreja já fez a experiência da perseguição e parece mesmo confrontada com uma oposição oficial do império romano. Levando em conta esses elementos, podem-se propor principalmente duas hipóteses: o período que se segue à perseguição de Nero e precede a ruína de Jerusalém (65-70) ou o final do reinado de Domiciano (91-96).
A obra, portanto, se contextualiza no período das perseguições do império aos cristãos e tem por finalidade dar esperanças e forças às comunidades cristãs perseguidas; As mesmas não devem fraquejar porque Cristo triunfará e o perseguidor desaparecerá. Tudo isso se diz de forma tal que apenas os iniciados no cristianismo podem entender os escritos. Isso devido ao uso de muitos símbolos e imagens para descrever os acontecimentos. Tudo o que se diz no Apocalipse faz referência direta ao momento em que foi escrito o livro (ver Ap 1, 1-3; 22, 6.7.10.12.20).
Para muitas pessoas, o livro do Apocalipse, no cotidiano de nossas comunidades, fala do final do mundo, ou freqüentemente é de forma analógica comparada ao império americano e assim por diante. No início, o autor só quer mostrar uma profecia sobre o futuro: Cristo triunfará e nós todos com Ele. Para o livro do Apocalipse, o fim dos tempos não está adiante, de forma que se possa prevê-lo. Nesta obra, o fim dos tempos já chegou com o acontecimento decisivo da morte e ressurreição de Jesus. Assim como Deus está já aqui conosco, e a presença dEle entre nós é assegurada por Jesus, e não pelo templo, o sacerdócio ou o sacrifício.

O TEMA DO LIVRO DO APOCALIPSE

O Apocalipse foi escrito para falar de Jesus. A figura da besta ou do Anticristo é usada para expressar aquilo que é contrário ao projeto de Deus, revelado em Jesus Cristo. O centro e essência do livro é Cristo, a sua graça, a ressurreição e o Reino de Deus, e não a Besta, o pecado, a morte (nem a de Cristo nem a de ninguém), o diabo, inferno ou a destruição.
Todo o Apocalipse parte da ressurreição de Jesus Cristo. Tudo, no mesmo, se projeta e se anima na esperança de sua “volta” gloriosa. Ele não é apenas “Aquele que era” e “Aquele que é”, mas também, e sobretudo, é “Aquele que virá” (Ap 4,8;1,4); Ele é o “Ômega” (Ap 22,13); Ele é “o último” (Ap 22,13); Ele é o fim de tudo (Ap 22,13); Ele é aquele cuja “vinda” imploram o Espírito e a Esposa (Ap 22,17;1,7-8). Toda esta acumulação de títulos é para dizermos, o mais claramente possível, que o futuro, o verdadeiro futuro, o futuro definitivo, é de Jesus Cristo e tão-somente dEle.

ESQUEMA GERAL DO APOCALIPSE

O livro está dividido em duas grandes partes:
– Do capítulo 4 ao 11, temos a revelação do “Cordeiro”. Só o Cordeiro (o próprio Jesus) pode abrir o livro selado (ver Ap 5). Só Cristo pode nos revelar o futuro porque só Ele é dono desse futuro. Só Cristo, o Cordeiro, pode iluminar todo o sentido do Antigo Testamento. E emprega-se a figura de um cordeiro para simbolizar que Cristo não veio fazer mal a ninguém, que Ele pode apenas doar vida, não tomá-la ou destruí-la.
– Do capítulo 12 ao 22, temos a revelação do “filho do homem”, o homem de Deus, o homem no qual Deus reina plenamente, o homem no qual se nos revela o que é o Reino de Deus.
- Já os capítulos 1 ao 3 falam das sete Igrejas, e foram escritos para introduzir o livro do Apocalipse.
Portanto, podemos dizer que o Apocalipse suscita e nos encoraja esperança, já que celebra a vitória definitiva do Cordeiro sobre a Besta, a vitória definitiva da vida sobre a morte, a vitória definitiva do amor sobre o ódio, sobre a violência e a perseguição (ver Ap 5,12).

Carlos Jobed / Sílvio Aparecido

Fonte:http://www.salvatorianos.org.br

Sobre John Flavel

John Flavel, nasceu no ano 1628, filho dum ministro do evangelho que faleceu na prisão por causa do seu inconformismo com o anglicanismo daquela época. Em 1656, após ter sido educado na University College, Oxford, Flavel foi convidado a tornar-se pastor de uma igreja em Dartmouth, Devon, onde passou a maior parte da sua vida. Embora o Act of Uniformity de 1662 tenha declarado seu ministério como ilegal, ele continuou pregando e escrevendo fielmente sob a pressão da perseguição.

Flavel,foi preeminente na sua capacidade de escrever tanto para o coração como para a mente. A popularidade -de suas obras é, sem dúvida, em certa medida o resultado do tom afável e fervoroso no qual ele escreveu. Sua morte ocorreu em 1691.

A Cruz de Hitler (Hitller's Cross)

Onde estava a igreja de Cristo quando seis milhões de judeus foram mortos por ordem de Hitler?

Decorridos vários anos do término da Segunda Guerra Mundial, essa pergunta ainda requer uma resposta satisfatória. A mostruosidade do Terceiro Reich de Adolph Ritler é um capítulo assustador da história que desperta acoloradas polêmicas.

Este livro é a história da igreja que esqueceu seu chamado principal e descobriu sua falha tarde demais.

Uma análise histórica de como a igreja evangélica alemã perdeu o seu foco com o movimento nazista. Ele procura mostrar como isto pode acontecer. Ele apresenta os perigos da confusão igreja e estado, o papela de Deus na tragédia humana, a fidelidae de Deus para com o Seu povo escolhido, dentre outros.

Um livro interessante, com avaliações relevantes para os dias atuais.

Sobre o autor
Erwin Lutzer, desde 1980 tem servido a Deus como pastor senior da Moody Church em Chicago, onde tem provido treinamento em liderança por meio de vários cursos. Um teólogo de renome. É bacharel em artes pela Winninpeg Bible College, mestre em teologia pelo Dallas Theological Seminary, e doutor em direito pelo Simon Greenleaf Scholl.

Editora: Vida
1 Edição: 2003

A Era dos Gigantes

Depois da vitória de Ponte Mílvio, Constantino passou a ser o único soberano da metade ocidental do Império Romano. Pouco tempo depois o cristianismo seria declarado religião oficial do Império. Para os cristãos acabara o medo que as grandes perseguições inspiravam. Mas no horizonte surgiam novos perigos.
Saberia a igreja enfrentá-los com a mesma valentia dos seus mártires? Aqui está a história extraordinária dos gigantes da fé souberam opor-se ao perigo e livrar o cristianismo das garras do erro.

Conteúdo:

I. O Impacto de Constantino
De Roma para Constantinopla
Do Sol Invicto para Jesus Cristo
O Impacto de Constantino

II. A teologia oficial: Eusébio de Cesareia

III. A reação monástica
As origens do monaquismo
Os primeiros monges do deserto
Pacômio e o monaquismo comunal
A disseminação do ideal monástico

IV. A reacão cismática: o donatismo

V. A controvérsia ariana e o concílio de Nicéia
As origens da controvérsia ariana
O concílio de Nicéia
A controvérsia depois do concílio

VI. A reação pagã: Juliano, o apóstata
A longa luta pelo poder
A política religiosa de Juliano
Morte de Juliano

VII. Atanásio de Alexandria
Os primeiros anos
O primeiro exílio
As muitas vicissitudes
O acordo teológico
Continuam as vicissitudes

VIII. Os grandes Capadácios
Macrina da Capadócia
Basílio, o Grande
Gregário de Nissa
Gregório de Nazianzo

IX. Ambrósio de Milão
Sua eleição para o bispado
O pastor de Milão
O bispo contra a coroa

X. João Crisóstomo
Voz do deserto que clama na cidade
A volta ao deserto

XI. Jerônimo

XII. Agostinho de Hipona
Caminho para a salvação
A vida contemplativa
Ministro da igreja
Teólogo da igreja ocidental
O impacto de Agostinho

XIII. O fim de uma era

Sobre o autor
Justo L. Gonzales, é graduado no Seminário Unido de Matanzas em Cuba, e obteve seu doutorado em Teologia pela Universidade de Yale. Foi professor do Seminário Unido de Porto Rico e depois foi professor da Faculdade Teológica de Candler, EUA. Também é fundador da Associación para la Educación Teológica Hispana no Texas.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Número do aborto

Nos Estados Unidos a cada ano mais de 1milhão de abortos são realizados. Isso uma vez que o aborto foi legalizado em 1973. Antes, este número era um pouco mais de 500,000. Nos anos que seguiram a legalização do aborto, mais de 30 milhões de bebês tiveram suas vidas terminadas antes de nascer.

Algumas pessoas ficam chocadas com a história da matança dos meninos com menos de dois anos promovida por Herodes na sua tentativa de matar Jesus (Mateus 2:16-18). “Como é que um Deus amoroso deixaria isso acontecer?” alguns indagam. Com a matança dos inocentes promovido hoje, como é que o homem tem coragem de fazer essa pergunta?

sexta-feira, 13 de março de 2009

Por que matar um filho e não o outro?


- "Doutor, o senhor terá de me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo. Não tenho condições de criar ambos”.
E então o médico perguntou: "E o que a senhora quer que eu faça?"
A mulher, já esperançosa, respondeu: "Desejo interromper esta gravidez e conto com a ajuda do senhor".

O médico então pensou um pouco e depois disse a mulher:
- "Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora".
A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.

E então ele completou:
- "Veja bem, minha senhora, para não ter de ficar com os dois bebês de uma vez em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer. Se o caso é matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco."

A mulher reagiu indignada: - "Não doutor! Que horror! Matar uma criança é um crime!".

Depois de refletir, a mãe mudou de idéia. O médico viu que a sua lição surtira efeito. Ele persuadiu a mãe que não há diferença entre matar a criança já nascida e matar uma criança ainda por nascer, mas viva no seio materno. O crime é o mesmo, e o pecado, diante de deus, também é o mesmo. – autor desconhecido

Para maiores informações de como lutar contra a legalização do aborto no Brasil acesse o site: http://www.brasilsemaborto.com.br

sábado, 7 de março de 2009

Sobre São Francisco de Assis

Francisco (1181/1226) nasceu na cidade de Assis, na Úmbria, filho do comerciante Pedro Bernadone. Seu nome de batismo era Giovanni (João), tendo sido mudado para Francisco, por seu pai. Tomás de Celano que escreveu, por ordem do papa Gregório IV (1227-1241), a Primeira Vida de São Francisco, relata que ele foi criado por seus pais "no luxo desmedido e na vaidade do mundo". Com a idade de 25 anos, sentiu uma experiência da graça de Deus, passando a dar assistencia aos leprosos.



Certo dia, quando orava em uma igrejinha em ruínas, narra ter ouvido a voz de Cristo: "Francisco, vê e reconstrói a minha igreja! Sucedeu, depois, o rompimento com o pai e a renuncia total diante do Bispo." Passou três anos seguintes recontruindo capelas e mendigando. Em 1209, ao ouvir a leitura do Evangelho sobre a missão dos discípulos, decidiu "viver segundo a forma do santo Evangelho", conforme escreveu em seu testamento. Adotou o traje de uma túnica, cingiu-se com uma corda, pés descalços e passou a pregar a conversão e o Reino de Deus, juntando-se com ele Bernardo de Quintavalle, Pedro Cattani e Gil de Assis".

Inicialmente , Francisco e seus companheiros saíram por vários lugares da Itália pregando. Ao completar o número de doze voluntários, Francisco escreveu a forma vitae, a regra primitiva. O grupo dirigiu-se a Roma, objetivando a aprovação da ordem. Após algumas dificuldades iniciais, a nova ordem foi aprovada, em 1209, tendo o Cardeal João de São Paulo conferido aos doze a tonsura clerical.

Em março de 1212, um jovem da nobreza, Clara di Favarone, fugiu de casa, sob a inspiração de Francisco, e com o auxílio dele organizou a fraternidade das damas pobres.

Em 1221, sob a inspiração de seu estilo de vida nasceu a Ordem Terceira para os leigos consagrados.

A ordem fundada por Francisco diferia das ordens monásticas anteriores, era mais espôntanea, informal.

Em certos períodos São Francisco se isolava para orações e jejum. Numa dessas ocasiões, num monte chamado Alverne, de rochas gigantescas e escarpadas, o bom Deus quis que ele, que tanto buscou se assemelhar a Jesus, tivesse igualmente as feridas da crucifixão. Com muita dor mas intensa alegria, por ter as marcas de Jesus no próprio corpo, São Francisco recebeu as feridas que se mantiveram vivas até o fim de sua vida, 2 anos depois. Quando desceu do monte, ele que sempre quis caminhar a pé, se permitiu montar num burrinho, tal era a sua debilidade. Quando ele se aproximava das cidades, uma multidão já o aguardava - o povo, principalmente os pobres e doentes, desejava ir ao encontro de São Francisco.

Pouco antes de morrer, de passagem por São Damião para despedir-se de Clara e suas irmãs, seu estado se agravou e ele teve que passar a noite ali, numa choupana, sob condições de intenso frio. Pela manhã São Francisco cantava um cântico que compôs em louvor a Deus, e que chamava de Irmão o sol, as estrelas, a lua, a terra, o vento e todas as criaturas.

Numa choupana junto à Porciúncula, no anoitecer do dia 3 de outubro de 1226, São Francisco pede aos irmãos que o dispam e o coloquem nu no chão, sobre a terra. Recitando o Salmo 142, que os irmão acompanhavam lentamente, São Francisco morreu cantando.

Meditação


Cântico do Irmão Sol ou Louvor das Criaturas

1 Altíssimo, onipotente, bom Senhor, teus são o louvor, a glória, a honra e toda bênção (cfr. Ap 4,9.11).
2 Só a ti, Altíssimo, são devidos; E homem algum é digno de te mencionar.
3 Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas (cfr. Tb 8,7), especialmente o senhor irmão Sol, que é dia e nos iluminas por ele.
4 E ele é belo e radiante com grande esplendor; de ti, Altíssimo, carrega a significação.
5 Louvado sejas, meu Senhor, pela Irmã Lua e as Estrelas (cfr. Sl 148,3), no céu as formaste claritas e preciosas e belas.
6 Louvado sejas, meu Senhor pelo irmão Vento, pelo ar, ou nublado ou sereno, e todo o tempo (cfr. Dn 3,64-65), pelo qual às tuas criaturas dás sustento.
7 Louvado sejas, meu Senhor pela Irmã Água (cfr. Sl 148, 4-5), que é muito útil e humilde e preciosa e casta.
8 Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão Fogo (cfr. Dn 3, 63) pelo qual iluminas a noite (cfr. Sl 77,14), e ele é belo e alegre e vigoroso e forte.
9 Louvado sejas, meu Senhor, por nossa Irmã a mãe Terra (cfr. Dn 3,74), que nos sustenta e governa, e produz frutos diversos e coloridas flores e ervas (cfr. Sl 103,13-14).
10 Louvado sejas, meu Senhor, pelos que perdoam por teu amor (cfr. Mt 6,12), e suportam enfermidades e tribulações.
11 Bem-aventurados os que as suportam em paz (cfr. Mt 5,10), que por ti, Altíssimo, serão coroados.
12 Louvado sejas, meu Senhor, por nossa Irmã a Morte corporal, da qual nenhum homem vivo pode escapar.
13 Ai dos que morrerem em pecados mortais! Felizes os que ela achar conformes à vossa santíssima vontade, porque a morte segunda não lhes fará mal! (cfr. Ap 2,11; 20,6)
14 Louvai e bendizei a meu Senhor (cfr. Dn 3,85), e dai-lhe graças, e servi-o com grande humildade.

São Francisco de Assis

Directorium Inquisitorum : o manual dos inquisidores

Quando o papa Gregório IX reinvidicou para si a tarefa de perseguir hereges e institui, para isso, inquisidores papais, o que determinava o funcionamento do Tribunal do Santo Ofício era a bula Excommunicamus, que estipulava os procedimentos pelos quais inquisidores profissionais seriam enviados para localizar hereges e persuadí-los a se retratarem.

A bula foi publicada em 1232 e nos anos seguintes a tarefa de interrogar aqueles acusados de heresia foi confiada às ordens mendicantes, sobretudo os dominicanos. Talvez, por serem estes sseguidores dos ensinamentos de São Francisco de Assis, que pregava total desapego às coisas materiais, é que se pensava que seriam os mais indicados para proceder de forma precisa em um julgamento inquisitorial. Vã ironia, tendo em vista as atrocidades que se cometeram em nome de Deus e da fortuna para se manter o combate as heresias.

Gregório IX aparece, com sua mão de ferro, no final de um longo período de lutas contra a heresia por parte da igreja institucionalizada. Vários decretos papais e conciliares haviam tentado regulamentar a heresia e impedir seu crescimento através da instituição de inquisições episcopais. Todavia, os esforços foram em vão e precisou-se, com o passar do tempo, fortalecer a Inquisição para que ela pudesse continuar em sua obra divina.

A partir do momento, que as heresias já não se curvam diante da presença da Inquisição somente eclesiástica, esta se une ao Estado, e a partir daí vai-se criando uma prática de controle severo das doutrinas, legitimadas por sucessivos documentos pontifícios, mas nada, havia ainda que resumisse toda a ação do Santo Ofício em uma única obra.

No início do século XIV, comportamentos dissidentes começaram a ameaçar a integridade da igreja católica, que acumulava, neste período, um poder jamais conseguido na história da humanidade, que incluía o poder sobre os Estados emergentes e sobre as consciências de uma sociedade teocrática.

Para salvar a estrutura inquisitorial, Nicolau Eymerich elabora, em 1376, o Directorum Inquisitorum (Diretório dos Inquisidores), um verdadeiro tratado sistemático dividido em três partes: a) o que é a fé cristã e seu enraizamento; b) a perversidade da heresia e dos hereges; c) a prática do ofício do inquisidor que importa perpetuar.

Trata-se, na verdade, de um manual de “como fazer”, extremamente prático e direto, baseado na documentação anterior e na própria prática inquisitorial do autor. Toda a obra se remete a textos bíblicos, pontifícios, conciliares que justificam e direcionam a prática e o “bom exercício”da Inquisição.

Devido ao surgimento de novas correntes heréticas, no século XVI, fazia-se urgente atualizar o manual de Eymerich. Foi quando o comissário geral da Inquisição Romana, Thoma Zobbio, em nome do senado da Inquisição Romana solicitou a outro dominicano, o canonista espanhol Francisco de la Peña complementar o manual de Eymerich com todos os textos, disposições, regulamentos e instruções aparecidas depois de sua morte, em 1399. Peña redigiu uma obra minunciosa, com nada mais nada menos que 744 páginas de texto com 240 outras de apêndices, publicada em 1585.

A importância de tal obra é tão grande para a época, que depois da Bíblia, foi um dos primeiros textos a serem impressos, em 1503, em Barcelona. E quando o Vaticano quis reanimar a Inquisição para fazer frente a Reforma Protestante, mandou reeditar o livro e distribuiu para todos os inquisidores do mundo europeu.

Os Dominicanos de Deus

Os autores do Manual dos Inquisidores pertenciam a ordem dos dominicanos , que pelo desapego aos bens materiais, através do exemplo de São Francisco de Assis, eram julgados os mais capacitados para assumirem cargos dentro do Tribunal do Santo Ofício.
Nicolau Eymerich nasceu em 1320 em Gerona, no reino da Catalunha e Aragão. Fez-se dominicano, com excelente formação jurídica e teológica. Em 1357 já é inquisidor-geral do reino, exercendo o cargo até 1392. No decorrer de seu exercício teve duas interrupções mais ou menos longas. Pelo excesso de zelo inquisitorial foi exilado dos territórios de Catalunha e Aragão. Mas foi compensado em 1371, com o convite para ser o capelão do papa Gregório IX, quando estava no exílio em Avinhão e depois em Roma. Escreveu o Manual dos Inquisidores, em 1376, tornando-o famoso. Morreu em Gerona em 1399.

Francisco de la Peña é o autor que complementou a obra de Eymerich, conseguindo fortalecer o “direito comum inquisitorial” como norma geral a ser seguida, o quanto possível, por todos os inquisidores em todas as partes que estivesse um olho de Deus, combatendo as heresias. Embora de la Peña seja de suma importância para a concretização do Manual dos Inquisidores, dele pouco se sabe ou se tem notícia dentro do contexto histórico da época.

O Manual dos Inquisidores se constitui em uma obra retilínea e severa, restringindo-se a atuação e o funcionamento do Santo Ofício. Por ser filha de seu tempo esta obra não é apenas um livro que conta como funcionava a Inquisição, mas através dele pode-se também observar aspectos inerentes a sociedade da época. Não é a toa que ao final da obra o autor faz um inventário das 22 rubricas mais recorrentes que o inquisidor pode consultar rapidamente como se fosse um fichário. Afinal a Inquisição lidava com seres que estão propensos a reagir de diferentes formas conforme a situação em que se encontra e somente a Deus e seus representantes, cabe julgar as atitudes e ações contrárias a sua determinações, bem como estipular o valor da fiança a ser paga para a salvação de sua alma.

História Antiga e Medieval

Tudo sobre história antiga e medieval você encontra no blog do Breno Bastos.


Click na imagem cima e boa viagem!

quinta-feira, 5 de março de 2009

O Pelagianismo

O pelagianismo é uma teoria "teológica cristã", atribuída a Pelágio da Bretanha. Sustenta basicamente que todo homem nasce moralmente neutro, e que é capaz, por si mesmo, sem qualquer influência externa, de converter-se a Deus e obedecer à sua vontade, quando assim o desejar, ou seja, Pelágio vê no pecado original uma espécie de exemplo a não ser seguido, o que faria com que a salvação dependesse exclusivamente do ser humano.

No séculoV
, Pelágio havia debatido ferozmente com Agostinho sobre este assunto. Agostinho mantinha que o pecado original de Adão foi herdado por toda a humanidade e que, mesmo que o homem caído retenha a habilidade para escolher, ele está escravizado ao pecado e não pode não pecar. Por outro lado, Pelágio insistia que a queda de Adão afetara apenas a Adão, e que se Deus exige das pessoas que vivam vidas perfeitas, ele também dá a habilidade moral para que elas possam fazê-lo. Mais adiante, Pelágio reivindicou que a graça divina era desnecessária para a salvação, embora facilitasse a obediência.

A convicção dos pelagianos é a de que o homem é totalmente responsável pela sua própria salvação.

Os oponentes de Pelágio, liderados por Agostinho o acusaram de três heresias:


1 - Negar o pecado original;
2 - Negar que a graça de Deuas é essencial para a salvação;
3 - Pregava a impecabilidade operado pelo livre-arbítrio sem a graça.


Sua doutrina a respeito da graça foi combatida por Agostinho de Hipona e considerada herética.

domingo, 1 de março de 2009

Sobre John Bunyan

John Bunyan nasceu em 1628, na Inglaterra. Depois de passar por vários conflitos pessoais e familiares durante a juventude, desvinculou-se da Igreja Anglicana e tornou-se pastor de um grupo independente. Casou-se duas vezes e teve seis filhos: quatro com Mary e dois com Elizabeth. Por sua rebelião contra a igreja oficial, foi preso duas vezes. Durante o segundo período de cárcere deu início ao texto de O peregrino, cuja primeira parte foi lançada em 1678. John Bunyan imaginou uma história que fortalecesse a si mesmo, a família e a congregação. A segunda parte, publicada separadamente pela Mundo Cristão sob o título A peregrina, foi lançada em 1684.

Frases & Pensamentos

Sobre pastores neuróticos: - são aqueles que transferem para o púlpito todaa sua “virilidade” e “genialidade”; esperneiam, gritam e erguem o indicador o tempo inteiro. (Paródia de Pensamento da Coletânea de Raimundo Vieira de Melo.)

Nosso posicionamento em relação ao livre-arbítrio é que nos torna monergistas (a salvação, do começo ao fim, é obra de Deus) ou sinergistas (o homem colabora com Deus na sua própria salvação); em outras palavras, faz de nós basicamente calvinistas ou arminianos [queiram saber disto ou não!]. Newton Bernardi

A conversão não é um processo suave e fácil como algumas pessoas imaginam; se assim fosse, o coração do homem jamais teria sido comparado a um solo não cultivado, e a Palavra de Deus, a um arado. John Bunyan

"Orianta Labaia!!!"

"É comum os Pentecostais insinuarem que críticas ao Pentecostalismo é o pecado imperdoável da blasfêmia contra o Espírito Santo. Um Reformado não é intimidado por tal tática de amedrontamento. Mais de uma vez na história da Igreja, falsos mestres tentaram ganhar recepção na Igreja apelando ao Espírito. Um exemplo sobressalente é a aparição de fanáticos no tempo da Reforma Protestante do século 16, que perturbaram os Luteranos em Wittenberg. Esses eram "profetas celestiais" e "entusiastas," que alagavam receber revelações especiais do Espírito e realizar milagres. Eles atemorizaram Melanchthon, mas não a Lutero. Quando gritavam, "O Espírito, o Espírito", Lutero replicava, "eu esbofeteio seu espírito no focinho." David J. Engelsma

"Os fundamentos do Pentecostalismo não estão em Calvino, Dort e Westminster, mas em Armínio, Wesley, Finney e no reavivalismo.

A norma da vida e experiência cristã não é o testemunho do próximo sobre o seu último sentimento de êxtase, mas a Sagrada Escritura. Dessa forma, que Deus seja verdade, e todo homem mentiroso."

Fragmentos do texto: Provai os Espíritos – Uma Análise Reformada do Pentecostalismo, por David J. Engelsma. Traduzido por Felipe Sabino, site Monergismo.

Arrebatamento

Na verdade, a idéia de um Arrebatamento que retiraria os cristãos com segurança do Cenário de um mundo preste a entrar num caos sem medida é um desenvolvimento relativamente recente. Concebida primeiramente por John Nelson Darby da Irmandade de Plymouth, em 1827, foi incorporada e difundida de forma massiva a partir da publicação em 1909 da Bíblia de Referência de Scofield. Charles Henderson.

A teoria do arrebatamento secreto, de origem recente, tem capturado a imaginação de milhões de cristãos sinceros. Seu ensinamento central – que o cumprimento da 70ª semana profética de Daniel está ainda no futuro – é baseado em pressuposições extrabíblicas. Semelhantemente, o ensinamento de que a Igreja não experimentará a grande tribulação poupa os seres humanos do temor e do sofrimento, mas é contrário ao que diz a Bíblia. Gerhard Pfandl


Para quem tem dúvida sobre o assunto leia artigos esclarecedores aqui.

Evangelicalismo

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