sábado, 7 de março de 2009

Sobre São Francisco de Assis

Francisco (1181/1226) nasceu na cidade de Assis, na Úmbria, filho do comerciante Pedro Bernadone. Seu nome de batismo era Giovanni (João), tendo sido mudado para Francisco, por seu pai. Tomás de Celano que escreveu, por ordem do papa Gregório IV (1227-1241), a Primeira Vida de São Francisco, relata que ele foi criado por seus pais "no luxo desmedido e na vaidade do mundo". Com a idade de 25 anos, sentiu uma experiência da graça de Deus, passando a dar assistencia aos leprosos.



Certo dia, quando orava em uma igrejinha em ruínas, narra ter ouvido a voz de Cristo: "Francisco, vê e reconstrói a minha igreja! Sucedeu, depois, o rompimento com o pai e a renuncia total diante do Bispo." Passou três anos seguintes recontruindo capelas e mendigando. Em 1209, ao ouvir a leitura do Evangelho sobre a missão dos discípulos, decidiu "viver segundo a forma do santo Evangelho", conforme escreveu em seu testamento. Adotou o traje de uma túnica, cingiu-se com uma corda, pés descalços e passou a pregar a conversão e o Reino de Deus, juntando-se com ele Bernardo de Quintavalle, Pedro Cattani e Gil de Assis".

Inicialmente , Francisco e seus companheiros saíram por vários lugares da Itália pregando. Ao completar o número de doze voluntários, Francisco escreveu a forma vitae, a regra primitiva. O grupo dirigiu-se a Roma, objetivando a aprovação da ordem. Após algumas dificuldades iniciais, a nova ordem foi aprovada, em 1209, tendo o Cardeal João de São Paulo conferido aos doze a tonsura clerical.

Em março de 1212, um jovem da nobreza, Clara di Favarone, fugiu de casa, sob a inspiração de Francisco, e com o auxílio dele organizou a fraternidade das damas pobres.

Em 1221, sob a inspiração de seu estilo de vida nasceu a Ordem Terceira para os leigos consagrados.

A ordem fundada por Francisco diferia das ordens monásticas anteriores, era mais espôntanea, informal.

Em certos períodos São Francisco se isolava para orações e jejum. Numa dessas ocasiões, num monte chamado Alverne, de rochas gigantescas e escarpadas, o bom Deus quis que ele, que tanto buscou se assemelhar a Jesus, tivesse igualmente as feridas da crucifixão. Com muita dor mas intensa alegria, por ter as marcas de Jesus no próprio corpo, São Francisco recebeu as feridas que se mantiveram vivas até o fim de sua vida, 2 anos depois. Quando desceu do monte, ele que sempre quis caminhar a pé, se permitiu montar num burrinho, tal era a sua debilidade. Quando ele se aproximava das cidades, uma multidão já o aguardava - o povo, principalmente os pobres e doentes, desejava ir ao encontro de São Francisco.

Pouco antes de morrer, de passagem por São Damião para despedir-se de Clara e suas irmãs, seu estado se agravou e ele teve que passar a noite ali, numa choupana, sob condições de intenso frio. Pela manhã São Francisco cantava um cântico que compôs em louvor a Deus, e que chamava de Irmão o sol, as estrelas, a lua, a terra, o vento e todas as criaturas.

Numa choupana junto à Porciúncula, no anoitecer do dia 3 de outubro de 1226, São Francisco pede aos irmãos que o dispam e o coloquem nu no chão, sobre a terra. Recitando o Salmo 142, que os irmão acompanhavam lentamente, São Francisco morreu cantando.

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