
Certo dia, quando orava em uma igrejinha em ruínas, narra ter ouvido a voz de Cristo: "Francisco, vê e reconstrói a minha igreja! Sucedeu, depois, o rompimento com o pai e a renuncia total diante do Bispo." Passou três anos seguintes recontruindo capelas e mendigando. Em 1209, ao ouvir a leitura do Evangelho sobre a missão dos discípulos, decidiu "viver segundo a forma do santo Evangelho", conforme escreveu em seu testamento. Adotou o traje de uma túnica, cingiu-se com uma corda, pés descalços e passou a pregar a conversão e o Reino de Deus, juntando-se com ele Bernardo de Quintavalle, Pedro Cattani e Gil de Assis".
Inicialmente , Francisco e seus companheiros saíram por vários lugares da Itália pregando. Ao completar o número de doze voluntários, Francisco escreveu a forma vitae, a regra primitiva. O grupo dirigiu-se a Roma, objetivando a aprovação da ordem. Após algumas dificuldades iniciais, a nova ordem foi aprovada, em 1209, tendo o Cardeal João de São Paulo conferido aos doze a tonsura clerical.
Em março de 1212, um jovem da nobreza, Clara di Favarone, fugiu de casa, sob a inspiração de Francisco, e com o auxílio dele organizou a fraternidade das damas pobres.
Em 1221, sob a inspiração de seu estilo de vida nasceu a Ordem Terceira para os leigos consagrados.
A ordem fundada por Francisco diferia das ordens monásticas anteriores, era mais espôntanea, informal.

Pouco antes de morrer, de passagem por São Damião para despedir-se de Clara e suas irmãs, seu estado se agravou e ele teve que passar a noite ali, numa choupana, sob condições de intenso frio. Pela manhã São Francisco cantava um cântico que compôs em louvor a Deus, e que chamava de Irmão o sol, as estrelas, a lua, a terra, o vento e todas as criaturas.
Numa choupana junto à Porciúncula, no anoitecer do dia 3 de outubro de 1226, São Francisco pede aos irmãos que o dispam e o coloquem nu no chão, sobre a terra. Recitando o Salmo 142, que os irmão acompanhavam lentamente, São Francisco morreu cantando.
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