domingo, 15 de janeiro de 2012

Cristo renovou o pacto de Deus não só com uma nação, mas com o mundo como um todo.

Embora ele proibisse os discípulos de pregarem então o evangelho aos gentios ou aos samaritanos, contudo os instruiu dizendo que muitas ovelhas viviam dispersas pelo mundo fora, e que estava próximo o dia em que Deus construiria um só aprisco (Jo 10:16). Isso se cumpriu após sua ressurreição. Durante sua vida terrena, ele começou a antecipar levemente a vocação dos gentios, e assim interpreto estas palavras do profeta: ele confirmará o pacto com muitos. Pois tomo a palavra “muitos”, aqui, rebim, comparativamente em referência aos gentios fiéis unidos aos judeus. É muito notório que o pacto divino esteve depositado por um tipo de direito hereditário com os israelitas até que o mesmo favor se estendesse também aos gentios. Portanto diz-se que Cristo renovou o pacto de Deus não só com uma nação, mas em termos gerais com o mundo como um todo.

Aliás, admito o uso da palavra “muitos” como sendo para todos, como no quinto capítulo da Epístola aos Romanos e em outras partes (v.19), mas ali parece haver um contraste entre a Igreja antiga, incrustada dentro de estreitas fronteiras, e a Igreja nova, a qual se estende ao mundo inteiro. Sabemos que muitos, outrora estrangeiros, têm sido chamados das regiões longínquas da terra por meio do evangelho, e assim reunidos aos judeus por meio de aliança, ao ponto de todos desfrutarem da mesma comunhão e todos reconhecidos como igualmente filhos de Deus”. Calvino, João. Daniel Volume 2. Edições Paracletos. Editora Fiel. Exposição 52, pg 268-269.

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