quinta-feira, 15 de julho de 2010

OS CONGREGACIONAIS

O Congregacionalismo teve suas otigens na Inglaterra em fins do século XVI e inícios no século XVII, certamente em grupos puritanos. Diferente de outros países da Europa, na Inglaterra, a Reforma surge como iniciativa do próprio Rei Henrique VIII. As causas que levou a Inglaterra a romper com Roma são múltiplas, estão ligadas a questões de ordem intelectual, política, religiosa e pessoal que se tornou a causa direta da ruptura, pois o desejo do Rei de contrair um novo casamento não era aprovado pela igreja.

O fato é que a igreja da Inglaterra separa-se de Roma administrativamente, mas, em sua teologia e eclesiologia, mantém o mesmo paradigma romano. Passa por várias fases e essas fases são determinadas pelas tendências teológicas que seus monarcas defendem. Por isso que, na Inglaterra, ora o pêndulo teológico estava para o romanismo ora para o protestantismo.

Neste clima de indefinição teológica e de forte presença na igreja anglicana, tanto em sua liturgia como também em sua eclesiologia de elementos romanistas, é que surge o puritanismo. O grande lema apresentado e defendido pelos puritanos era o de libertar a igreja da Inglaterra dos elementos papistas, ou seja, da teologia Romana. Uma das grandes bandeiras defendidas e discutidas entre teólogos puritanos foi a questão da eclesiologia. Portanto, desses embates teológicos surgirão dois grupos que se opõem ao modelo episcopal defendido e aplicado nas igrejas anglicanas: são eles os independentes, também conhecidos como congregacionais, e os separatistas.

O que se buscava entender era qual deve ser a relação da Igreja com o Estado. Até que ponto o Estado deve intervir na vida e nos caminhos da Igreja. Os independentes queriam a separação entre a Igreja e o Estado e a adoção do sistema congregacional para a igreja. Essencialmente foi isto que se perpetuou ao longo da história do congregacionalismo: a isenção da intervenção estatal e a aplicação da democracia no governo da igreja, buscando quebrar o abismo entre o clero e o leigo, aplicando a doutrina do sacerdócio universal de todos os crentes, relacionando-a não apenas ao serviço ministerial e à liberdade de acesso à presença de Deus, mas também a questões de ordem administrativa.

Henry Jacob (1563 – 1624), que pode ser considerado o fundador do congregacionalismo puritano, foi preso por crer que cada congregação deveria ser livre para escolher seu próprio pastor, determinar seu programa e administrar seus negócios.

IGREJAS CONGREGACIONAIS NO BRASIL

Em 1855 chegaram ao brasil Robert Reid Kalley e sua mulher Sarah Poulton Kalley, que organizaram, em 1858, a Igreja Evangélica Fluminense, nos moldes do congrecionalismo.

A partir de fevereiro de 1865, Kalley recebeu como pastor auxiliar o missionário episcopal Richard Holden. Este homem foi influenciado pelo dispensacionalismo de J.N. Darby, causando apreensões em Kalley, conforme relata Sarah, em 1871: "holden tem criado certa dificuldade entre os moços, devido, em parte, às doutrinas excêntricas e extraordinárias que resolveu adotar - o que tem entristecido meu marido."


O casal Kelley organizou também a Igreja Evangélica Pernambucana, em 1873, tendo ,depois, à Grã-Betanha.

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