segunda-feira, 18 de abril de 2011

BEM-AVENTURADOS OS HUMILDES DE ESPÍRITO, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS

Leitura bíblica: Mateus 5.3 e Mateus 18.1 a 9

Jesus consumou a obra que lhe confiara o Pai: a redenção da humanidade e de toda a criação. Anunciou a chegada do Reino dos céus na terra, do Reino de Deus entre os homens. Sim, onde estão o Rei e os seus súditos, aí está o reino e onde Deus Reina, Sua vontade é prevalente sobre todas as demais vontades. Resgatados, somos livres. Livres para fazer não o que queremos e, sim, para fazer a vontade do Senhor.

Somos libertados, portanto livres, verdadeiramente livres, espiritualmente livres:

Escolhemos livremente “fazer a vontade de Deus”, na nossa vida pessoal, em família, na Igreja e na sociedade.
Para ser grande é preciso ser pequeno, manso e humilde de coração, de fato e de verdade; para ser livre, é preciso ser servo e serva de Jesus, apenas. Ele pagou o resgate, somos-lhe eternamente gratos e o servimos em amor e por gratidão.

O Sermão da Montanha, Mateus 5,6 e 7, é o maior e mais completo discurso de Jesus. Ele pronunciou e seus discípulos escreveram. O que Jesus escreveu, o vento levou: escreveu no chão, na areia. Em João 8 está escrito: “Mas Jesus inclinando-se, escrevia na terra com o dedo...” (João 8.6B). Inclinar-se perante acusadores é um grande gesto de humildade. O que Jesus escreveu no chão, não sabemos. Sabemos apenas que, à medida que escrevia, arranhava a consciência daqueles que o queriam humilhar, humilhando uma mulher pecadora que Ele veio para perdoar e resgatar-lhe a dignidade. Os corações endurecidos insistiram na acusação de quem Ele viera salvar, de mais a mais, queriam ter de que acusá-lo, por isso O tentaram. Mas Jesus eleva o assunto da terra para o céu, dos homens para Deus, da letra da Lei para o espírito da lei, do tribunal dos acusadores levianos para o nível indevassável e sutil da consciência: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra! E eles, acusados pela própria consciência, foram se retirando um por um, a começarpelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.” (João 8.8 e 9). É preciso ficar perto de Jesus quando se está sendo acusado pelos homens, deixe o pecador a sós com Deus e ele nunca se sentirá só, nem mais se sentirá ameaçado ou acusado. Ouça Jesus dizendo-lhe: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? ...nem eu tampouco te condeno... eu te perdôou, mas condeno o teu pecado. Portanto, vai e não peques mais. É uma paráfrase do texto e uma conclusão inevitável: JESUS AMA A PECADORA, MAS CONDENA O SEU PECADO E CONVIDA-A, E A TODOS NÓS, À SANTIFICAÇÃO E A BUSCAR A SANTIDADE DE VIDA, DIZENDO: “VAI, E NÃO PEQUES MAIS...” E eu pergunto: é possível não pecar mais? Não mais cometer o pecado que a humilhou e quase a matou: É PRECISO VIVER! Sabemos que pecado mata, e que Jesus Cristo salva. Que o inimigo veio para matar, roubar e destruir; Jesus veio para que eu e você tenhamos vida e vida com qualidade, vida plena, intensa e abundante: (paráfrase a João 10.10), O pecado humilha, Jesus exalta.

I. OS HUMILDES (SÃO OS FILHOS DO REINO) ELES SÃO HUMILDES, MAS NÃO SÃO HUMILHADOS, ELES SÃO EXALTADOS.

O contraste entre o Reino de Deus e do seu Cristo, e os “reinos deste mundo”, é gritante: os que se humilham são exaltados e os humildes são bem-aventurados, são ditosos e são felizes. São felizes nesta vida e “bem-aventurados” na eternidade. E o mais sublime de tudo, os humildes herdarão o reino dos céus. Qual é a sua escolha? Você pode continuar discutindo, como em Mateus 18, “quem é o maior? Quem manda aqui?” E Jesus continua chamando uma criança e colocando-a no nosso meio, nos diz sempre e renovadamente: “SE NÃO VOS CONVERTERDES E NÃO VOS TORNARDES COMO CRIANÇAS, DE MODO ALGUM ENTRAREIS NO REINO DOS CÉUS.” (MATEUS 18.3, 4 E 5) Os vs. 4 e 5 dizem: “Aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe”. O nosso mundo anda cortando mãos de crianças, abusando das crianças, praticando violências sexuais inclusive contra as crianças, jogando recém-nascidos na lagoa, nas latas de lixo e pelas janelas. O mundo jaz no maligno, “e ele veio para acusar, matar e destruir... veio para roubar a dignidade e tirar a vida. A prosseguir assim, somos forçados a lembrar do Sermão Profético de Jesus em Mateus 24 e das mulheres de Jerusalém que choravam e batiam no peito face ao momento agônico de Jesus. Jesus volta-se para elas e lhes diz: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos! Porque dias virão em que se dirá: Bem-aventuradas as estéreis, que não geraram, nem amamentaram.” (Lucas 23.28 e 29) Leva-nos a afirmar com Jesus: “Bem-aventuradas as estéreis, que não geraram, nem amamentaram”. É justo lembrar que a esterilidade ou a dificuldade para conceber esteja com a dificuldade do homem de gerar. É tão linda e perfeita a obra de Deus que o sexo do bebê é definido pelo homem. Chegaremos a uma época em que as crianças, se consultadas, prefeririam não terem sido geradas. Estamos vivendo “os tempos do fim e o fim dos tempos”. É hora de orar mais, falar menos e confiar sempre em quem está no controle.

II. AS CARACTERÍSTICAS DOS ABENÇOADOS POR DEUS E DE DEUS

Que são os filhos e filhas de Deus, santos, amados, eleitos e predestinados desde a eternidade. Jesus dá as oito características básicas dos abençoados. Espero que você seja um desses cristãos agraciados com:

1) “Os pobres de espírito”, como vimos anteriormente, têm direito, acesso e permanência no Reino dos céus.

2) Os humildes: são felizes, os humildes de espírito e no espírito: deles é o reino dos céus; são esvaziados e despojados, como Jesus. São pequenos e humildes aos seus próprios olhos. Eles se vêem como carentes da graça de Deus. O reino da graça e da glória de Deus lhes pertence.

3) Os que choram: A tristeza divinamente provocada, produz um “peso de glória” e gera arrependimento e quebrantamento, nunca revolta. O céu é a alegria do Senhor, uma montanha de alegria acessável através de um vale de lágrimas. O mundo de Deus é mais bonito, quando contemplado através de uma cortina de lágrimas.

4) Os que têm fome e sede de justiça. A justiça que produz justificação nos é atribuída por Jesus Cristo e confirmada pela fidelidade de Deus.

5) Os misericordiosos, e somente eles, alcançarão MISERICÓRIDA. Quem só sabe “cobrar e apontar os defeitos é um infeliz, e quando precisar ou desejar dos outros um gesto de misericórdia, certamente não o terá: colherá o que plantou. É mister ter “compaixão dos outros”: “compassione, é sofrer com o outro e ajudá-lo no seu sofrimento. É muito achar que subindo na cruz do outro você a torna mais leve. Seja você um Cirineu, aquele outro Simão que ajudou a carregar a cruz. “Ele carregou apenas o lenho, o peso ficou todo sobre Jesus.” Afirmou Orígenes Lessa, em seu notável livro: “SIMÃO, CIRINEU.”

6) Os puros de coração são os únicos que verão a Deus. Aqui santidade e felicidade andam de mãos dadas e são completamente plenificadas. O Salmo 15. Descreve as condições para se entrar na presença de Deus e ser aceito: Viver com integridade, praticar a justiça e falar a verdade; não difamar, não fazer o mal, não lançar injúrias contra o seu irmão, nem contra o seu próximo; é preciso, ter mente limpa e coração puro... ou seja, é preciso ter nascido de novo, ser um cidadão do reino de Deus.

7) “Os pacificadores, são chamados filhos de Deus”. Os filhos e filhas do Reino, amam, desejam e se deleitam com a paz. Eles preservam a paz, não a quebram; criam as condições para paz, pois representam e servem ao Príncipe da Paz.

8) “Os perseguidos por causa da justiça do Reino e por amar a Cristo são felizes.” Não há mérito algum para a Salvação em nosso sofrimento. E ele só é bem-aventurado se for por causa de Cristo e da justiça do Reino. Sofrer porque fez algo errado não traz bem-aventurança. É necessário que seja uma injúria contra nós; não seja verdadeira; e seja por fidelidade nossa a Cristo.

Sim, agora eu e você entendemos um pouquinho melhor como podem os pobres de espírito; os que choram; os mansos; os que têm fome e sede de justiça; os misericordiosos; os limpos de coração; e os perseguidos, serem todos bem-aventurados, ditosos e felizes.

Que Deus muito nos abençoe.
Rev. Guilhermino Cunha

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