domingo, 20 de junho de 2010

A Santa Comunhão

Quando Nosso Senhor instituiu a Eucaristia antes de sua morte, fez quatro coisas e essas quatro ações ainda constituem os passos essenciais da Santa Comunhão:

• “Tomou o pão” (O ofertório)
O presbítero vai ao altar e recebe o pão e as ofertas em dinheiro dos representantes do povo de Deus. Toma-as e as apresenta a Deus, colocando-as sobre o altar. Hão de usar-se no sacramento e para a obra da Igreja, simbolizando também a oferenda de si mesmo que faz o povo de Deus em resposta ao amor de Deus revelado em Jesus Cristo.

• “Deu graças” (A consagração)
Seguindo o exemplo de Nosso Senhor, o presbítero dá graças ao Criador, Deus Pai e recorda a obra salvífica de seu Filho, Nosso Senhor. Pede também que o Espírito Santo santifique tanto a nós como ao pão e vinho, de maneira que sejam o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor e Salvador. A presença real de Cristo no Sacramento é a resposta à nossa oração, para que ele possa habitar em nós e nós nele.

• “...o partiu” (A partição)
Quando a grande súplica eucarística termina com o Pai Nosso, há um momento de silêncio, dando aos participantes uma oportunidade de refletir com recolhimento e alegria sobre o amor que Deus nos mostrou em Jesus Cristo. Após, o celebrante parte o pão bendito em preparação para que o recebamos e como símbolo do Corpo de Cristo quebrantado por nós na cruz. Então, citando as Escrituras, diz: “Cristo, nossa Páscoa, foi imolado por nós” e o povo responde com alegria: “Celebramos a festa!” (I Cor. 5:7-8).

• “...o deu a seus discípulos” (A comunhão)
Quando tudo está pronto, o presbítero se volta para a congregação e a convida a receber o bendito sacramento, dizendo: “Os dons de Deus são para o povo de Deus”. Em seguida, cada um participa do ‘’Corpo de Cristo” e “do Cálice da Salvação” que nos nutrem espiritualmente e são um sinal visível da vida eterna.

Depois que todos tiverem comungado, diz-se uma oração de ação e graças e o bispo, quando presente no altar, ou o presbítero, dão a bênção. Logo após, um diácono diz uma das várias despedidas, a qual respondemos: “Demos graças a Deus (da Páscoa à quadra de Pentecostes se acrescenta: “Aleluia! Aleluia!”.


Encarnando a Cristo no mundo

A liturgia terminou, mas num certo sentido, a Eucaristia não terminou. A Eucaristia não é meramente o que os cristãos fazem ocasionalmente, mas sim o modo como vivem – em fidelidade, gratidão, alegria e em Cristo. O Corpo de Cristo (a Igreja), tendo se alimentado do Corpo de Cristo (o sacramento), sai agora para cumprir sua vocação de ser o Corpo de Cristo (o instrumento) no mundo: servindo assim, num certo sentido, como a continuação da encarnação e como instrumento nas mãos de Deus para o cumprimento do grande drama da redenção que começou há dois mil anos.



Este trabalho foi preparado pela comissão de liturgia da Diocese Ocidental de Massachusetts da Igreja Episcopal (ECUSA) e foi traduzido para o português por Norton A. Coll.

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